Especialistas em finanças internacionais saudaram a quantia, a ser paga ao longo de três anos, como uma surpresa bem-vinda, dadas as preocupações recentes de que Trump poderia deixar de fazer qualquer contribuição à IDA.
O ex-presidente Joe Biden prometeu contribuir com US$ 4 biliões, mas esse dinheiro ainda não foi transferido.O novo valor é menor, mas ainda ajudará o Banco Mundial a se aproximar de sua meta de arrecadar US$ 100 bilhões para a AID, alavancando as contribuições dos países, disseram fontes familiarizadas com o processo. A decisão final cabe ao Congresso dos EUA.
Questionado se o governo Trump cumpriria a promessa de US$ 4 biliões, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, indicou que a quantia seria decidida no orçamento, com muito dependendo das acções do presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e do chefe do Fundo Monetário Internacional, visando reorientar as instituições para suas missões principais.
Clemence Landers, vice-presidente do Centro para o Desenvolvimento Global, recebeu com satisfação o valor proposto para a IDA.
“O número da AID dos EUA se destaca como um raro ponto positivo em um orçamento repleto de cortes drásticos no aparato de assistência externa dos EUA”, disse ela. “Houve especulação significativa sobre o papel dos EUA nas instituições financeiras internacionais sob o governo Trump, e se os EUA contribuiriam para a AID.”
A proposta orçamentária revelada por Trump na sexta-feira corta a ajuda externa em US$ 49 biliões, disse um alto funcionário do Escritório de Administração e Orçamento a repórteres.
Documentos divulgados pela Casa Branca mostraram um corte de US$ 555 milhões em fundos para o Banco Africano de Desenvolvimento e o Fundo Africano de Desenvolvimento, dizendo que “não estava atualmente alinhado” com as prioridades do governo.
A proposta de orçamento incluiu US$ 3,2 biliões para a IDA, acrescentando que outros doadores e instituições deveriam assumir uma parcela maior dos custos.
“Isso cumpre a promessa do presidente de não mais distribuir dólares de ajuda externa sem retorno sobre o investimento para o povo americano”, diz o documento. (Reuters)