O projecto, avaliado em mais de 20 mil milhões de dólares, representa um dos maiores investimentos estrangeiros de sempre em Moçambique e tem um impacto potencial transformador para a economia nacional. Interrompido em Abril de 2021 devido a ataques terroristas na região, o empreendimento foi suspenso sob a cláusula de força maior. Desde então, o Governo moçambicano, com o apoio de parceiros internacionais, implementou medidas de segurança e estabilização na zona, criando condições favoráveis para o regresso das operações.
Segundo informações veiculadas por agências especializadas no sector energético, cerca de 15 mil milhões de dólares já estão assegurados para financiar a execução do projecto, dos quais aproximadamente 5 mil milhões foram recentemente garantidos com apoio do Export-Import Bank dos Estados Unidos da América.
A TotalEnergies reiterou então seu compromisso com Moçambique e a urgência em reactivar a infraestrutura energética.
Em uma primeira fase, o projecto deve produzir cerca de 13 milhões de toneladas métricas de gás natural liquefeito (GNL) por ano, com potencial de expansão para mais de 43 milhões de toneladas anuais, consolidando Moçambique como um actor estratégico no mercado global de energia.
A reactivação do projeto não apenas representa um marco para a indústria do gás, mas também pode trazer benefícios socioeconômicos significativos para a região Norte de Moçambique, incluindo geração de empregos, desenvolvimento de infraestrutura e aumento das receitas fiscais. (Nando Mabica)