Os gestores vistos como bons estão totalmente manchados porque se encontram numa instituição na qual o prejuízo do bem público é tratado como um acto normal e rentável pelos maus gestores, onde os nomes corrupção, mão leve, nepotismo, nhonguismo, boladeiros, bandidos, assassinos, entre outras nomenclaturas nocivas tornaram-se em adjectivos elogiativos para as pessoas – porque se normalizou roubar o povo na República de Moçambique.
As afirmações do Presidente Daniel Chapo são meros paliativos para esta gente se não houver algemas nos braços e noites passadas em celas frias e meses aguardando pelo julgamento. O Presidente tinha que encaminhar o dossiê a PGR e está com base nos elementos comprovativos acusar e solicitar a detenção dos mesmos a um juiz de instrução, uma vez que não se entende como uma comitiva dita para não viajar numa missão, decide desrespeitar a ordem e gasta fundos públicos para viagens improdutivos e carregadas de objectivos adversos da nação.
Enquanto o grupo de corruptos, nhonguistas e boladores intensificava suas operações de sabotagem a LAM, milhares de contratos eram perdidos, investimentos fechavam e pacientes morriam, simplesmente porque um gestor mau sobrepôs os seus interesses particulares por cima dos interesses colectivos, destruindo vidas de pessoas que simplesmente procuravam por uma viagem mais rápida e segura.
O escândalo da LAM verifica-se em quase todas as instituições públicas nacionais, onde o Governo precisa atacar imediatamente, porque as raposas são várias na Pérola dos ladrões. Aqui em Moçambique, ser gestor público tornou-se um caminho para assaltar o pote dos recursos e fundos existentes na Instituição onde a pessoa se encontra a roubar, aliás, a trabalhar.
O Presidente da República enquanto alto-magistrado da nação não pode simplesmente limitar-se a denunciar publicamente os escândalos, mas entregar as instituições de justiça para a devida responsabilização e recuperação de activos.
A LAM precisa ser salva urgentemente, tal como, a EDM, ENH, Petromoc, Tmcel, ANE, REVIMO, entre outras instituições públicas que só engordam as contas públicas ou seus gestores usam as mesmas para o seu enriquecimento individual. (Omardine Omar)