A operação tinha como objectivo reduzir as actividades ilegais decorrentes da extração e comércio ilegais de rubis. Mais de 200 funcionários públicos de vários departamentos governamentais participaram na operação, incluindo o Ministério do Interior, o Ministério Público, o Serviço Provincial de Infraestruturas, a Inspeção-Geral dos Recursos Minerais e Energia e também as Alfândegas.
Durante a operação, foram detidos cidadãos do Congo, do Sri Lanka e da Tailândia, por tráfico ilegal de rubis. Além disso, mais de 30 cidadãos moçambicanos, maioritariamente oriundos de Nampula, foram detidos durante e logo após a operação. Foi também confiscado diverso equipamento utilizado para a compra e mineração
ilegal de rubis.
Vários funcionários do governo permanecem na zona de Montepuez para operações de acompanhamento a curto prazo.
À medida que Moçambique continua a sua jornada para se tornar um Governo Plenamente Membro da Iniciativa dos Princípios Voluntários, a MRM teve o prazer de ver o apoio generalizado entre o pessoal do Governo aos Princípios Voluntários sobre Segurança e Direitos Humanos (VPSHR). A MRM não tem conhecimento de quaisquer incidentes relevantes resultantes da operação.
Estima-se que a mineração e o comércio ilegais de rubis custem ao Governo moçambicano dezenas de milhões de dólares norte-americanos por ano em receitas fiscais perdidas.
Além disso, desde 2012, tem-se registado um número considerável de mortes de mineiros ilegais em resultado de desmoronamentos de escavações artesanais.
A MRM leva a cabo actividades de comunicação contínuas para alertar sobre os perigos da exploração mineira ilegal, sensibilizando as comunidades vizinhas (onde os mineiros ilegais muitas vezes se abrigam temporariamente) para os riscos da exploração mineira ilegal, a fim de dissuadir os indivíduos de se colocarem a si próprios e aos outros em risco.
Este desenvolvimento foi levado à atenção das autoridades, tanto a nível provincial como nacional, na esperança de que continuem a ser tomadas medidas mais proactivas contra aqueles que financiam, facilitam e encorajam o comércio ilegal de rubis moçambicanos, prejudicando Moçambique e o seu povo devido à perda de vidas e privação das tão necessárias receitas fiscais provenientes dos recursos minerais de Moçambique.