Segundo a Nova Sun, a suspensão do transporte foi uma medida preventiva adoptada após episódios de violência registados durante greves anteriores, principalmente antes das eleições gerais de 2024. A empresa relata que esses incidentes envolveram ataques a viaturas, instalações, gestores e colaboradores, comprometendo a segurança de pessoas e bens.
A empresa também esclarece que os veículos anteriormente utilizados não estavam licenciados para o transporte público de passageiros, o que contrariava as exigências legais. Desde então, o transporte tem sido assegurado por operadores privados independentes.
Para reduzir o impacto da suspensão do transporte, a Nova Sun implementou uma compensação diária de 50 meticais por cada dia útil de trabalho, visando apoiar os trabalhadores nas suas deslocações.
No comunicado, a empresa reafirma o seu compromisso com a actividade agrícola e com o rigoroso cumprimento da legislação moçambicana, incluindo obrigações fiscais e laborais, o respeito pela jornada semanal de 45 horas e a promoção de práticas empresariais éticas.
Para garantir a segurança das suas instalações e evitar novos actos de violência, a Nova Sun conta com o apoio da Polícia da República de Moçambique (PRM), segurança privada armada e cães treinados.
A empresa destaca ainda o seu envolvimento em várias iniciativas de responsabilidade social, como a construção e manutenção da maternidade de Mundavene, a edificação de uma morgue e capela no Hospital de Namaacha, e investimentos em infraestruturas locais, como estradas, electricidade e abastecimento de água. Além disso, apoia o desporto nas comunidades com a distribuição de equipamentos e manutenção de campos.
A Nova Sun agradece ao Governo Distrital e à PRM pelo apoio em momentos críticos como as cheias, a pandemia da COVID-19, manifestações e distúrbios pós-eleitorais.
Por fim, a empresa reitera a sua disponibilidade para o diálogo com os trabalhadores, apelando à calma, respeito mútuo e colaboração para construção de soluções duradouras. No entanto, alerta que a continuação de acções que comprometam as suas operações poderá levar à adoção de medidas mais severas, incluindo a possível suspensão das suas actividades na região — o que traria consequências negativas para os trabalhadores, comunidades locais e para a economia nacional. (INTEGRITY)