Segundo apuramos, “isto tem um impacto enorme nos tratamentos, pois muitos pacientes veem a doença regressar por falta de acompanhamento adequado, uma vez que, no ano passado, o antigo Ministro da Saúde, Armindo Tiago, afirmou que a máquina não era reparada devido às manifestações, mas até ao momento nada foi feito.”
A situação é alarmante, uma vez que existem pacientes que saíram de outras províncias com a esperança de tratamento em Maputo e encontram-se com grandes dificuldades. Entretanto, o novo Ministro da Saúde, Ussene Hilário Isse, esquiva-se em falar do problema.
Reagindo, Mouzinho Saíde, Director-Geral do HCM, disse que “já tivemos aqui uma equipa de médicos especialistas e estamos numa fase muito avançada de reparação deste equipamento. Estamos a trabalhar com as equipas para termos a reparação o mais rápido possível.” Mas não sabe até quando a mesma estará pronta.
Lembre-se que o serviço de radioterapia no HCM foi inaugurado em Março de 2019 num investimento de mais de 17,2 milhões de USD do Orçamento Geral do Estado (OGE), e esperava-se que se aliviasse anualmente mais de 25 mil pessoas que eram diagnosticadas com cancro no País, tomando em conta que o tratamento é “gratuito”, onde por ano esperava-se atender 300 doentes, permitindo assim que uma parte significativa de pessoas com cancro possam ter tratamento radioterapêutico, conforme avança a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 por cento dos pacientes precisam dos serviços de radioterapia. (Omardine Omar)