A mostra, que teve uma exposição na Segunda-feira, 21 de Abril, no Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), será oficialmente inaugurada a 22 de Abril e permanecerá em exibição até Junho de 2025.
O evento marcou um encontro simbólico entre gerações e expressões artísticas distintas, mas profundamente conectadas pelas raízes culturais makondes. Enquanto Reinata moldava o barro com suas mãos sábias e gestos ancestrais, Coana criava pinturas ao vivo, utilizando materiais recicláveis como tecidos e plásticos — um testemunho do seu compromisso com a sustentabilidade ambiental.
Em entrevista à Integrity Magazine News, Coana destacou que sua arte é movida pelo quotidiano e pela força das cores. “Acredito que a cor pode curar e trazer alegria. Quero que minha arte transmita isso”, afirmou o artista, que vê na criação uma forma de activismo ambiental e social.
A exposição é promovida no âmbito das celebrações dos 30 anos do CCFM, dos 30 anos do Millennium Bim e dos 50 anos da independência de Moçambique, integrando o programa de Responsabilidade Social do banco, Mais Moçambique Pra Mim. Na abertura, Moisés Jorge, Presidente do Conselho de Administração do Millennium bim, sublinhou o papel fundamental da cultura como elemento de identidade nacional: “A cultura é um pilar essencial do nosso quotidiano”.
Mais do que uma mostra artística, “Dedos do Barro e da Tinta” é um tributo à criação como ato de transformação. As obras de Sadimba e Coana exploram a dualidade entre dor e celebração, silêncio e expressão, memória e resistência. Com a mulher no centro simbólico e real dessa narrativa artística, a exposição homenageia o poder das mãos que moldam, pintam e contam histórias. (Nando Mabica)