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Home Integrity Reflexões O caldeirão do escriba

Quem será o próximo Papa?

Quando um papa morre ou renúncia, o mundo todos os olhos viram para Vaticano.

22 de Abril, 2025
em O caldeirão do escriba
Reading Time: 5 mins read
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A Última Páscoa: Pós-Deus, Pós-Pátria, Pós-Povo – Resposta ao Texto “A Última Páscoa dos Moçambicanos”, de Severino Ngoenha
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Cada um no fundo se pergunta, que será o futuro sucessor do Pedro? Será finalmente um Papa negro? Ou a melanina ainda ofende os anjos brancos da Capela Sistina?

Será latino, asiático, ou apenas mais um europeu de rosto em mármore e alma empacotada em arquivos do Vaticano? Será um progressista de marketing — que sorri para os gays na sacada e os condena no confessionário? Será alguém que fala de paz enquanto abençoa armas nas viagens diplomáticas? Essas agora são as perguntas que valem mais que os incensos do conclave.

Entes de dizer o principal vamos ver como funciona um Conclave? (Ou seja, como se cozinha um Deus de porcelana no forno da política vaticana)

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Um conclave é mais que um ritual sagrado — é uma ópera barroca onde o Espírito Santo assina atas preparadas com antecedência. Vem do latim “cum clave” — com chave. Sim, com chave mesmo. Tranca-se a porta por Camarlengo e, dentro, os homens mais velhos da terra decidem o futuro de Deus.

O espetáculo só começa com a morte ou renúncia de um Papa. A morte de um homem velho ou a falência de um espírito cansado. Reúne-se então o Colégio dos Cardeais: anciãos globais vestidos de rubro sangue, com anéis mais valiosos que a maioria das dioceses africanas. Mas atenção: só quem tem menos de 80 anos pode votar. Quer dizer… já não ouvem bem, mas ainda sabem escolher o rosto de Deus.

Eles entram na Capela Sistina, uma joia de arte sobre uma base de silêncio. Juram segredo absoluto. Juram como quem já sabe tudo. Porque ali ninguém está em busca de revelação — estão só a negociar a sucessão. Todos os sinais de Wi-Fi, telefone, rádio ou consciência são bloqueados. O mundo lá fora chora, morre, reza… mas ali dentro tudo está trancado com chave e mirra.

É uma espécie de eleição, mas sem campanha. Quatro votações por dia. Uma maratona de murmúrios e conspirações entre dentes postiços. Dois terços dos votos são necessários. Mas, sejamos francos: quem entra Papa no conclave, sai cardeal. E quem entra com apoio, sai “infalível”.

O sinal dos céus? Não. O sinal da chaminé. Fumaça preta: nada feito. O Espírito ainda está indeciso ou a política ainda está em jogo. Fumaça branca: Deus foi convencido. Ou melhor, os cardeais chegaram a um consenso e Deus assinou por cortesia.

Fim disso perguntam ao escolhido:

— “Aceitas ser Papa?”

Como se alguém ali dissesse “não”. Como se o fardo não fosse também um troféu. Escolhe um nome, novo, simbólico, geralmente homenageando outro velho.

Então, o anúncio:

“Habemus Papam!” E o novo rosto de Deus aparece, tremendo, abençoando um povo que já não acredita — mas ainda assiste.

Porque trancar homens de 80 anos para decidir o futuro da fé mundial é mais uma piada do que um mistério. Sim, 80 anos. Imagina só… 80 anos de segredos acumulados, 80 anos de silêncio cúmplice, 80 anos comendo o pão do Vaticano sem abrir a boca. E, de repente, no fim da vida, ganham o poder de escolher o porta-voz de Deus. Ah… o Espírito Santo… Esse diplomata invisível, fluente em italiano, com sotaque europeu e passaporte diplomático.

Voltemos já ver entre a lista de possíveis candidatos ao próximo pontífice estão dois cardeais da África. Cardeal Robert Sarah, 79 anos, da Guiné e Cardeal Peter Turkson, 76 anos, de Gana que antes disputou com Francisco depois de renuncio do Bento XVI no ano 2013.

A Igreja Católica está pronta para um papa africano? Repito em perguntar: A Igreja Católica está pronta para um papa africano?

Brevemente, assim depois das cerimônias funebres  às portas se fecharão. E a fumaça — branca, claro — anunciará a nova encarnação do Espírito Santo em forma de terno papal. O famoso anúncio “Habemus Papam!”

Mas voltemos um pouco. Quando Bento XVI renunciou — coisa rara, coisa inédita — o mundo se espantou. Era a teologia da fragilidade em vez da cruz. Naquele tempo, nomes surgiram, cotados, ventilados… e entre eles, um argentino: Jorge Mario Bergoglio e um negro cardeal Peter Turkson, de Gana. Um dos últimos templos da esperança para quem queria ver uma Igreja menos romana, mais humana. Mas deu no que deu. Saiu vitorioso o Bergoglio. A mudança veio com mate e sotaque, mas o sistema continuou latino apenas na língua — e branco até nos sonhos. Diz ele na sua primeira aparição depois daquela Habemus papa… diz: Bona cera!

Agora, de novo, tudo se repete. Os nomes estão lançados: Parolin, Tagle, Turkson, Sarah… E lá vem eles : os negros. Dois africanos. Peter Turkson, de Gana. Robert Sarah, da Guiné.

Será?

Será que é agora? Será que a geografia vencerá o preconceito? Será que a política do Vaticano, essa geopolítica de santos e lobbies invisíveis, permitirá que um corpo negro sente no trono de Pedro? Se fosse por número de crentes, o Papa já falaria suaíli, iorubá ou macua. Se fosse por fé viva, o altar já teria sido montado em Kinshasa ou Maputo, ou Luanda, Joanesburgo… até Kampala.

E o que isso tudo esconde? O facto de que nenhum africano jamais foi Papa. Nem mesmo com mais de 200 milhões de crentes no continente. Nem mesmo com catedrais maiores que hospitais. Nem mesmo com igrejas a cada esquina e missa a cada manhã. Nem mesmo assim.

Por quê? Porque a cor do Papa ainda não pode manchar o mármore romano. Porque o negro ainda carrega fé — mas não poder. Porque o conclave é geopolítico, e não espiritual.

Mas não. Ainda somos apenas o celeiro de Deus. Fornecemos ovelhas, mas jamais pastores supremos. Quantos papas até hoje? Mais de 260. Quantos africanos? Nenhum. Deus, parece, ainda não fez escala por aqui. E se fez, foi apenas para recolher dízimos e culpas coloniais.

Mas quem sabe? Talvez esse conclave se curve à história. Ou talvez repita o ritual de sempre: um círculo de anciãos a decidir entre si qual versão do divino os homens devem adorar.

E o negro? Ah, o negro continuará sendo a sombra do altar. Presente, mas não eleito. Fiel, mas não Papa.

Hoje, muitos irmãos de África levantam bandeiras dizendo: “Os Papas negros já existiram!” E talvez seja verdade. Mas o que fizeram? Freiavam navios negreiros? Anatematizavam traficantes de carne humana? Combatiam a cruzada escravocrata com a mesma veemência com que se caçavam heresias? Não.

Se existiram, foram cúmplices. Silenciaram diante da desumanização dos seus. Benzendo chicotes. Rezando missas nos portos onde se embarcavam milhões de almas rumo ao inferno do Novo Mundo. Não se muda uma fortaleza trocando o guarda da torre. Não se muda a lógica do Vaticano ocupando o trono de Pedro com um corpo escuro. Assim como não se muda o Banco Mundial com um negro na presidência, nem a ONU com um africano a discursar em inglês polido, nem a NATO com soldados pretos a invadir pretos.

A máquina não muda com rostos. Ela apenas engole rostos. Decora a fachada com diversidade e mantém a engrenagem colonial a girar. Enquanto os africanos não criarem sua própria agenda — filosófica, política, espiritual — Enquanto não escreverem seus próprios evangelhos, fundarem suas próprias igrejas, fincarem suas próprias cruzes enegrecidas pelo barro e pela memória — Continuarão sendo apenas estafetas do império: portadores da palavra que não é deles, guardiões de doutrinas que não os libertam, padres do altar do opressor.

Ser Papa hoje não é mais uma questão de santidade, mas de geopolítica. É um xadrez de interesses, um teatro de fumaça, uma coreografia do Espírito Santo controlada por cardeais que leem mais relatórios do que Bíblias.

E o africano? O africano é sempre esperança. Esperança cega. Esperança adiada. Esperança exportada. Esperança que espera que o sistema — o mesmo que nos crucificou — nos salve com um voto no conclave. Mas Deus — esse Deus institucionalizado — não mora em África. Ele vem aqui para recrutar almas e recolher dízimos. Depois volta para Roma.

Primeira classe.

Tags: ConclavePapaVaticano
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