As tarifas anunciadas por Trump na passada semana continuam a fazer estragos, e a economia norte-americana irá sofrer, tal como a global, avisam inúmeras instituições financeiras e think tanks. Segundo um observatório da Universidade de Yale, todas as barreiras anunciadas até agora pelo regressado presidente irão tirar 0,6% do PIB potencial norte-americano, o equivalente a mais de metade do PIB português, e o mercado já está a ajustar as expectativas para a taxa de juro em concordância.
O ‘The Budget Lab’, o observatório orçamental da economia norte-americana da Universidade de Yale, aponta para um impacto cumulativo de todas as tarifas anunciadas por Trump desde que regressou à Casa Branca de menos 0,6% no PIB potencial norte-americano, o que equivale a 160 mil milhões de dólares (146,1 mil milhões de euros), mais de metade do PIB português. Considerando apenas 2025, o rombo é ainda maior, com o PIB dos EUA a crescer menos 0,9 pontos percentuais (p.p.) do que se previa.
Olhando apenas para a comunicação de quarta-feira, esta retira 0,5 p.p. ao crescimento deste ano e 0,4 p.p. ao produto potencial, continua o estudo.
O presidente avançou com a sua promessa de tarifas generalizadas, aumentando a tarifa efetiva média dos EUA em 11,5 p.p. para 22,5%, um novo máximo desde 1909, ou seja, com mais de cem anos. Trump já garantiu que não irá mudar de política, apesar do colapso dos mercados, com o S&P 500 a desvalorizar mais de 5 biliões de dólares em dois dias e a maioria dos líderes empresariais a alertar para dificuldades sérias decorrentes desta escolha, sobretudo com um agravamento dos preços.
Este é mais um aviso a juntar-se a muitos outros emitidos desde quarta-feira, quando o ‘Dia da Libertação’ norte-americana lançou o caos na economia mundial. A JPMorgan Chase aumentou o risco de recessão de 40% para 60%, e o seu CEO, Jamie Dimon, avisou esta segunda-feira os investidores de que a guerra comercial em curso terá sérias repercussões para a maior economia do mundo.
O banco neerlandês ING projeta que os gastos das famílias se agravem em 2,5% exclusivamente em função destas escolhas políticas, e os ganhos de produção, emprego e salários não compensarão os efeitos negativos. Como tal, a projeção de crescimento para os EUA será cortada.
Por sua vez, o UBS já cortou assinalavelmente a expectativa de crescimento para este ano, revendo-a em baixa de 1,6% para 0,4%, alertando para mais inflação e desemprego associado. A inflação subjacente, projetam, chegará a 4,6% no final do ano – mais 1,5 p.p. do que na última leitura, quando registou mínimos de abril de 2021.
O Deutsche Bank vê igualmente efeitos negativos do lado do crescimento, projetando menos de 1% de avanço do PIB, juntamente com um aumento do desemprego até 5% e inflação subjacente de 4%, mas deixam um aviso ainda mais dramático: a política de Trump, além de ameaçar a economia global, coloca em risco as normas internacionais que regeram o mundo após a II Guerra Mundial.
Caso o presidente norte-americano não recue, os efeitos sentir-se-ão não só em 2025, mas “nas próximas décadas”, com os tradicionais aliados dos EUA a abandonarem Washington.
Também o Goldman Sachs projeta a recessão como um cenário cada vez mais provável, atribuindo 45% de probabilidade – uma subida de 10 p.p.
Probabilidade de cortes aumenta
Com o aumento da probabilidade de crescimento negativo ou, pelo menos, sérios constrangimentos a afetarem a economia norte-americana, os investidores apostam em mais cortes de juro pela Reserva Federal – e até veem como possível um corte de emergência face ao colapso dos mercados.
A ferramenta de monitorização das taxas implícitas de mercado, a FedWatch Tool do CME Group, mostra um reajustamento das expectativas quanto à taxa de referência no final do ano, dada a fraqueza antecipada na maior economia do mundo, isto quando falta um mês para a próxima reunião da Reserva Federal.
Em linha com o projectado pelos responsáveis da Fed, os investidores projetavam apenas dois cortes de 25 pontos base (p.b.) até final do ano há mais de um mês, antes de se tornar evidente que Trump iria avançar com uma nova guerra comercial. Agora, após o anúncio do presidente, as expectativas de mercado chegaram a ficar acima dos 125 p.b. de descidas, ou seja, cinco cortes até dezembro.
Powell, presidente do banco central, havia garantido na sexta-feira que a Fed não está com pressa para mexer nos juros, sinalizando que as taxas diretoras não se deverão alterar na próxima reunião, dia 7 de maio. Ainda assim, os investidores atribuem 50% de probabilidades a uma descida, um aumento significativo quando há uma semana a probabilidade implícita era de 14%. (J.E.)
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