Este compromisso, exige acções concretas em diversas áreas, desde a educação até a inovação tecnológica. Neste contexto, as bibliotecas universitárias desempenham um papel fundamental, não apenas como guardiãs do conhecimento, mas como agentes activos na promoção do desenvolvimento sustentável. No entanto, para que cumpram plenamente essa missão, é necessário superar desafios estruturais e financeiros que ainda limitam o seu potencial.
Por Martinho Cumbane
Em um país onde muitos estudantes não têm acesso a materiais bibliográficos básicos, as bibliotecas universitárias públicas surgem como espaços essenciais para garantir equidade no ensino superior. A Biblioteca Central Brazão Mazula da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), é um exemplo positivo, com seu acervo físico e digital e programas de capacitação em literacia informacional através da disponibilidade acertada dos serviços de referência. Essas iniciativas contribuem diretamente para o ODS 4, que busca assegurar uma educação de qualidade e inclusiva. No entanto, outras instituições, como a Universidade Pedagógica de Maputo (UP), enfrentam limitações tecnológicas e de infraestrutura que dificultam o acesso igualitário ao conhecimento. Essa disparidade reflecte a necessidade de investimentos urgentes para modernizar as bibliotecas em todo o país, garantindo que todas as universidades possam oferecer serviços de excelência.
Além da educação, as bibliotecas universitárias têm um papel importante na promoção da igualdade de género (ODS 5). Embora algumas instituições, como a UEM, já realizem debates e disponibilizem recursos sobre questões de género, essas iniciativas ainda são pontuais e carecem de uma abordagem mais sistemática. A integração de políticas de género nas actividades bibliotecárias poderia fortalecer a inclusão e contribuir para uma sociedade mais justa.
No campo da inovação e infraestrutura (ODS 9), os desafios são ainda mais evidentes. Enquanto a UEM avançou na digitalização de acervos e na criação de repositórios institucionais, outras universidades continuam a operar com equipamentos obsoletos e conexões de internet instáveis. Essa desigualdade tecnológica não apenas limita a produção científica nacional, mas também impede que Moçambique explore plenamente o seu potencial inovador. Para reverter esse cenário, é essencial investir em infraestrutura digital e na formação de profissionais capacitados, além de fomentar parcerias com redes internacionais de compartilhamento de conhecimento.
As bibliotecas também podem ser espaços de promoção da paz e da justiça (ODS 16), funcionando como plataformas de acesso democrático à informação e de liberdade intelectual. No entanto, em Moçambique, o conhecimento científico muitas vezes circula de forma restrita, e a conexão entre as bibliotecas e a sociedade civil ainda é frágil. Ampliar esse diálogo poderia fortalecer uma cultura baseada em evidências e contribuir para a construção de instituições mais transparentes e eficazes.
O Manifesto da UNESCO para Bibliotecas Públicas reforça a importância desses espaços como ambientes inclusivos e comunitários. No entanto, em Moçambique, persiste uma separação entre o meio académico e o público em geral. A UEM tem dado alguns passos nessa direção, promovendo eventos abertos à comunidade, mas essas iniciativas ainda são incipientes. Já a UP tem um caminho mais longo a percorrer, com poucas ações de extensão comunitária. Para mudar esse cenário, é fundamental desenvolver políticas que incentivem a abertura das bibliotecas universitárias à sociedade, transformando-as em espaços de encontro, debate e aprendizagem colectiva.
O caminho para que as bibliotecas universitárias moçambicanas se tornem verdadeiros motores do desenvolvimento sustentável exige investimentos contínuos em infraestrutura, capacitação de profissionais e integração em redes globais de conhecimento. O Estado, em parceria com organizações internacionais e a sociedade civil, deve priorizar políticas que fortaleçam essas instituições, garantindo que elas possam cumprir seu papel na Agenda 2030. As experiências positivas já existentes, como as da UEM, mostram que a transformação é possível. Com recursos adequados e uma visão estratégica, as bibliotecas universitárias podem tornar-se pilares fundamentais para um Moçambique mais justo, inovador e sustentável.
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