A Bacia do Rovuma, no Norte do país, prometia bilhões em investimentos, geração de emprego, desenvolvimento nacional e protagonismo energético no mapa mundial. Mas se tudo era tão bom, por que dois dos primeiros investidores–Anadarko e Galp Energia–decidiram desistir?
Por Enoque Moisés Massingue
A Retirada dos Pequenos
A Anadarko, dos Estados Unidos, foi uma das primeiras a entrar e uma das primeiras a sair. Em 2019, vendeu sua participação de 26,5% no projecto Mozambique LNG para a francesa TotalEnergies, num negócio avaliado em 3,9 mil milhões de dólares. Já a portuguesa Galp, com uma posição de 10% na Área 4 da Bacia do Rovuma, anunciou sua saída em 2024, vendendo sua fatia à ADNOC, a poderosa estatal de Abu Dhabi, por cerca de 650 milhões de dólares — com a possibilidade de mais pagamentos, dependendo da viabilidade dos projectos futuros.
As duas saídas suscitam uma questão inevitável: se o potencial era tão rentável, por que motivo os primeiros investidores abandonaram a corrida?
Especulação ou Estratégia?
Oficialmente, ambas as empresas afirmaram que as decisões fazem parte de “realinhamentos estratégicos”. No entanto, fontes do sector energético indicam que o pano de fundo vai além disso.
Insegurança em Cabo Delgado: os ataques armados e a instabilidade prolongada na região tornaram os projectos altamente arriscados.
Altos custos de operação: o GNL moçambicano exige investimentos pesados em infra-estruturas, logística e segurança — e os retornos podem demorar.
Pressão de accionistas:
Tanto Galp quanto Anadarko lidam com accionistas e mercados que exigem lucros rápidos e previsibilidade, algo escasso em Moçambique nos últimos anos.
A Chegada dos Gigantes
O que causa ainda mais especulação é que, logo após essas saídas, dois gigantes globais entraram em cena: a TotalEnergies, com histórico consolidado em ambientes complexos, e a ADNOC, com ambições globais e músculo financeiro suficiente para suportar riscos prolongados.
Isso alimenta a teoria de que as saídas não significam que o gás moçambicano é inviável — mas sim que ele se tornou um jogo para poucos, grandes e poderosos.
Moçambique no Tabuleiro Global
A questão que fica é: Moçambique é dono do seu destino energético, ou apenas um peão num tabuleiro global de interesses? O gás natural é valioso, sim — mas a forma como os negócios têm sido conduzidos levanta preocupações sobre quem realmente se beneficiará.
Conclusão: A Hora da Verdade
É hora de olhar para o sector com mais ceticismo e menos euforia. A saída de players menores como Galp e Anadarko pode ser um alerta disfarçado, um sinal de que os riscos são altos e o retorno incerto. Ou, talvez, apenas o início de um novo capítulo onde Moçambique, mais uma vez, vê os recursos saírem do subsolo para enriquecer cofres estrangeiros.
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