Para Manda, a assinatura desse Memorando de Entendimento é um testemunho da visão partilhada para uma região mais forte, interligada e segura em termos energéticos. “Moçambique tem orgulho em desempenhar um papel central na promoção da integração energética regional. Comprometemo-nos a garantir que os nossos vastos recursos energéticos contribuam para a prosperidade do nosso País e da região da África Austral”, asseverou o Secretário Permanente do MIREME.
Na ocasião, foi igualmente rubricado o Memorando de Entendimento entre as respectivas empresas de electricidade, assinado pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) da EDM, Joaquim Ou-chim, e pelo Director Executivo da ZESCO, Justin Loongo.
Segundo escreve a EDM, “esse instrumento estabelece o quadro para o desenvolvimento do projecto de Interligação dos Sistemas Energéticos entre Moçambique e Zâmbia, mediante uma Linha de Transporte de energia eléctrica de 400 kV que se estenderá por aproximadamente a 376 km, ligando a subestação de Matambo, em Moçambique, à subestação de Chipata West, na Zâmbia.”
Conforme o PCA da EDM, “aquele acto marca a transição do planeamento para execução deste projecto tão aguardado.”
“No actual cenário energético global, a cooperação regional deixou de ser uma opção para se tornar uma necessidade. À medida que África avança rumo a uma maior integração energética, projectos como este abrem caminho para um continente mais conectado e auto-suficiente”, afirmou Ou-chim.
Segundo a EDM, com um custo estimado de investimento de 411,5 milhões de USD, o projecto pretende não apenas aumentar a capacidade de fornecimento de energia entre os dois países, mas também reforçar a posição de Moçambique como um actor relevante no mercado energético regional. A interligação facilitará a troca de energia, promovendo o comércio com outros membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e gerando receitas adicionais para Moçambique.
A EDM refere que “o projecto, denominado interligação regional Moçambique–Zâmbia (MOZA), já possui um Estudo de Viabilidade Técnico–Económica concluído, e a avaliação de impacto ambiental e social em que foi aprovada por instituições de financiamento como o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Banco Mundial (BM).”
No entanto, segundo o PCA da EDM, para garantir uma implementação eficaz, será estabelecido um Comité Executivo (EXCO) e uma Unidade de Implementação do Projecto (PIU) para coordenar os compromissos assumidos no Memorando. “Estas equipas serão responsáveis pelos aspectos técnicos, ambientais, financeiros e operacionais do projecto, assegurando que o progresso se mantém no rumo certo que os desafios são enfrentados proactivamente”, explicou Joaquim Ou-chim.
De referir que a parceria energética entre Moçambique e Zâmbia tem se fortalecido ao longo dos anos, sendo que em 2024 cerca de 60% do total de volume de exportações foram destinados ao mercado zambiano. Com efeito, a assinatura do IGMoU é um passo decisivo que reafirma o compromisso de Moçambique em ser um centro regional de geração de energia eléctrica de qualidade para o País e a região da África Austral. (INTEGRITY)
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