Os protestantes, diziam-se indignados, pela má direcção de Ossufo Momade porque para eles, desde que pegou o leme daquele que, até às últimas eleições de 9 de Outubro de 2024, era o maior partido na oposição moçambicana, Momade está tirando a RENAMO do mapa político nacional.
Sucede que no seu reinado segundo os membros da RENAMO Ossufo Momade anda em negociatas uma atrás da outra, com o governo e sem nenhum resultado palpável, “ele está sempre a negociar com o governo e nenhuma coisa está surtindo efeito, por exemplo, assinou acordo do DDR cujo objectivo era beneficiar aos ex-guerrilheiros, mas esses só receberam algumas chapas de zinco e em alguns casos uns recebem mensalmente 1500 meticais mês um valor monetário que para além de ser miserável é um insulto para a classe”, ouvia-se durante os tumultos.
E durante as manifestações os ex-guerrilheiros e membros da perdiz, decidiram encerrar as portas da delegação política provincial, não para impedir a entrada dos funcionários do partido, mas sim para pressionar a demissão de Ossufo Momade, que se calcula nesse momento estar na Índia onde para lá foi acometido por uma doença de coração, para receber tratamento, vai daí que o conselho nacional que ditaria a data do congresso extraordinário, que tinha como um dos pontos da agenda encontrar um novo líder para a RENAMO foi adiada.
No entanto, a 21 de Dezembro de 2024, houve muita pancadaria na sede provincial da RENAMO, aonde parte de membros era pró-Ossufo Momade na presidência do partido e outra já em número ínfimo que não conseguiu lograr os seus intentos defendia a saída do Momade da presidência da RENAMO e o estranho que desta vez todos se juntaram para mesma causa que é ver fora do comando da RENAMO, Ossufo Momade.
O actual delegado político da RENAMO em Manica, Monteiro Macanha, enquanto a sede encontra-se encerrada ele vai fazendo as suas actividades políticas na sua residência enquanto a situação se resolve, “ele não é nosso problema até que as suas obras estão sendo benéficas para o partido, veja só em menos de dois anos já conseguiu reabilitar a sede provincial incendiada durante as hostilidades militares ao nível da região centro do país onde o presidente Dhlakama havia se refugiado para as matas de Gorongosa”, explicou um dos membros do partido ouvido pela Integrity em off the Record.
Monteiro Macanha ascende a delegado do partido RENAMO como um gato saído da cartola, após uma confusão que culminou com a demissão de António Mulima por alegada gestão danosa de fundos do partido, e que para a sua sucessão havia muitos nomes sonantes ligadas a RENAMO, mas a sorte caiu para Macanha que está mostrando serviço apesar de um clima atípico que se vive naquele partido que se diz ter lutado pela democracia em Moçambique. (Pedro Tawanda, em Manica)