O principal objectivo da expedição é aprimorar o conhecimento da ecologia e da dinâmica populacional dos recursos marinhos em Moçambique, investigando os principais locais de desova, os estágios iniciais de vida (larvas), a dinâmica do estoque adulto, a diversidade genética, os factores ambientais e climáticos para garantir a segurança alimentar e promoção sustentável da economia azul.
A primeira etapa da expedição dedicada à pesquisa dos estágios larvares dos recursos marinhos no Banco de Sofala, na costa da região centro do país, realizada entre os dias 9 e 25 de Fevereiro de 2025, foi bem-sucedida. A referida pesquisa representa um marco significativo na compreensão da dinâmica dos recursos marinhos em Moçambique.
O Banco de Sofala, uma das principais áreas crucial para a pesca no país, sustenta a economia local, a segurança alimentar da população e fonte de receitas e divisas através da exportação. Compreender a abundância, distribuição e sobrevivência das larvas fornece dados essenciais sobre recrutamento e dinâmica populacional de adultos, vital para a gestão pesqueira sustentável.
Estes dados, combinados com informação oceanográfica e modelos computacionais, permitem prever o estoque pesqueiro e impacto de mudanças ambientais para otimizar estratégias de conservação e exploração de recursos.
A segunda etapa da expedição: sobre os recursos pesqueiros ao longo da costa moçambicana do Rovuma ao Maputo, iniciou no dia 28 de Fevereiro e decorrerá até 31 de Março com a partida do navio de pesquisa para outras regiões do Oceano Índico.
O navio “Dr. Fridtjof Nansen regressará às águas moçambicanas para a terceira etapa da expedição entre 20 de Outubro e 10 de Novembro de 2025 com vista à pesquisa e mapeamento dos habitats do fundo marinho do Banco de Sofala.
A participação da primeira e segunda etapa da expedição compôs uma vasta equipe multidisciplinar constituída por 43 pesquisadores nacionais de diversas instituições moçambicanas, incluindo o Instituto Oceanográfico de Moçambique (InOM), Universidade Eduardo Mondlane (Departamento de Ciências Biológicas, Departamento de Química, Museu de História Natural, Centro de Biotecnologia da Universidade Eduardo Mondlane e a Escola Superior de Ciências Marinhas de Quelimane), assim como multidisciplinar nacional e internacional reforça o compromisso do Governo de Moçambique com a pesquisa marinha de excelência e a nível global. (Nota Informativa)