Sob a liderança da sua presidente, Luísa Celma Meque, uma vasta equipa técnica do INGD tem trabalhado incansavelmente para mitigar os impactos do desastre, abrindo nove centros de acomodação que já acolhem 1.985 pessoas.
O ciclone Jude, que se formou na Bacia Sudoeste do Oceano Índico no dia 6 de Março, atingiu o continente pelo distrito de Mossuril, na província de Nampula, com ventos de até 195 km/h e chuvas intensas acima de 250 mm em 24 horas. A rápida intervenção do INGD tem sido crucial para garantir assistência humanitária imediata, incluindo a distribuição de alimentos, água potável e kits de emergência às populações afectadas.
Centros de acomodação e assistência humanitária
Os nove centros de acomodação abertos pelo INGD estão a proporcionar abrigo temporário a famílias que perderam as suas casas devido aos ventos fortes e inundações. Além disso, o INGD tem coordenado a entrega de bens essenciais e o apoio psicossocial às vítimas, com o objectivo de minimizar o sofrimento e garantir condições dignas de sobrevivência.
Impactos humanos e materiais
Apesar dos esforços de mitigação, o ciclone Jude já causou 16 mortos, 59 feridos e dois desaparecidos. Mais de 302 mil pessoas foram afectadas, incluindo 65.164 famílias que viram as suas casas destruídas ou danificadas.
As infraestruturas sociais também sofreram danos significativos, com 37.229 casas parcialmente destruídas, 32.934 totalmente destruídas e 988 inundadas. Além disso, 72 unidades sanitárias, 134 casas de culto e 247 escolas foram afectadas, das quais 674 salas de aula ficaram inutilizáveis. Cerca de 91.629 alunos e 1.182 professores foram directamente afectados pela interrupção das actividades escolares.
O ciclone também causou estragos nas infraestruturas de transporte e comunicação, com 18 pontes danificadas, 2.859 km de estradas afectadas e 671,70 km de vias intransitáveis. No sector energético, 1.224 postes de energia tombaram e 73 km de linhas eléctricas foram destruídos, agravando o cenário de caos.
O sector agrícola foi um dos mais atingidos, com 101.239 hectares de área agrícola afectada, dos quais 36.358 hectares foram totalmente perdidos. Cerca de 4.146 agricultores viram as suas colheitas destruídas, enquanto 68 embarcações de pesca e artes de pesca foram danificadas, comprometendo a subsistência de muitas comunidades costeiras. (Nota Informativa)