O PS, disse o primeiro-ministro, pretendia “contaminar” a governação alegando que ficou claro que “o PS não quer respostas, mas quer o prolongamento do impasse”.
Luís Montenegro revelou que foi feita uma contraproposta ao PS que queria uma comissão parlamentar de inquérito a 90 dias. O Governo, disse, foi “quase até aos 80 dias”. Ou seja, “até 30 de maio havia tempo suficiente”. Porém, o PS, sustentou, “não quer esclarecimentos” – quer uma “degradação”.
“Tentámos tudo para evitar uma crise”, assegura Montenegro.
O Governo apresentou inicialmente uma proposta de retirar a moção de confiança, aceitando a comissão de inquérito proposta pelo PS e o seu objeto, mas com um prazo de quinze dias, em vez dos 90 previstos. Como o “PS não respondeu”, o Governo propôs o final de maio como prazo limite para ter as conclusões da comissão parlamentar de inquérito.
Pedro Nuno Santos diz “lamentar” o que aconteceu no Parlamento. “Foi uma vergonha”, acusa, referindo que o Governo usou “manobras, jogos, truques” para tentar fugir ao escrutínio da Comissão Parlamentar de Inquérito.
E, diz, “é importante não esquecer o que estava em discussão: uma moção de confiança e não uma CPI. O Governo quis usar a moção de confiança como chantagem”.
“O que não se entende é por que motivo o primeiro-ministro não retirou a moção”, diz o líder socialista. “Bastava retirá-la”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já convocou os partidos para audições no Palácio de Belém na quarta-feira, e o Conselho de Estado para o dia seguinte, na sequência da queda do Governo.
Marcelo Rebelo de Sousa convocou ainda a reunião do Conselho de Estado para as 15:00 de quinta-feira.
O decreto de dissolução da Assembleia da República deverá ser publicado na sexta-feira, dia 14 de março. As eleições devem ser marcadas para 11 de maio ou, o mais tardar, no dia 18.
Os lamentos e criticas de BE, PAN e Livre
Rui Tavares acusa o Governo de tentar fazer das pessoas “tontas” e diz “não ser verdade” que “tudo” foi feito por Montenegro para que se evitasse esta crise.
O porta-voz do Livre diz que “vamos”, mas “não podemos desperdiçar” o tempo a “discutir Montenegro”.
Mariana Mortágua mantém a “mesma conclusão: o primeiro-ministro não pode receber avenças”.
A líder do BE continua a garantir que primeiro-ministro “não esteve em exclusividade”.
Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, diz ser “lamentável que o primeiro-ministro tenha arrastado o país para esta crise”.
“Vamos ter mais um custo de 25 milhões de euros”, lamentou.
Pedro Nuno Santos acusa Governo de “mercadejar” a CPI e de ter uma atitude “vergonhosa”
Nos Passos Perdidos, Pedro Nuno Santos diz “lamentar” o que aconteceu no Parlamento. “Foi uma vergonha”, acusa, referindo que o Governo usou “manobras, jogos, truques” para tentar fugir ao escrutínio da Comissão Parlamentar de Inquérito.
E, diz, “é importante não esquecer o que estava em discussão: uma moção de confiança e não uma CPI. O Governo quis usar a moção de confiança como chantagem”.
“O que não se entende é por que motivo o primeiro-ministro não retirou a moção”, diz o líder socialista. “Bastava retirá-la”.
Oficial: Marcelo convoca partidos políticos e Conselho de Estado
O Presidente da República acaba de anunciar que vai ouvir todos os partidos políticos com representação parlamentar já amanhã, dia 12 de março.
No site da Presidência, Marcelo anuncia e ainda a convocação do Conselho de Estado para quinta-feira, 13 de março, às 15h00, no Palácio de Belém.
O decreto de dissolução da Assembleia da República deverá ser publicado na sexta-feira, dia 14 de março. As eleições devem ser marcadas para 11 de maio ou, o mais tardar, no dia 18.
Audição dos Partidos Políticos, amanhã 12 de março, no Palácio de Belém:
- 11h00 – Partido Social Democrata (PPD/PSD)
- 12h00 – Partido Socialista (PS)
- 13h00 – Chega (CH)
- 14h00 – Iniciativa Liberal (IL)
- 15h00 – Bloco de Esquerda (BE)
- 16h00 – Partido Comunista Português (PCP)
- 17h00 – Livre (L)
- 18h00 – CDS – Partido Popular (CDS-PP)
- 19h00 – Pessoas-Animais-Natureza (PAN)
“Estamos perplexos com a rejeição da moção”
Luís Montenegro garante que o Governo tentou “de tudo, mas mesmo tudo aquilo que estava ao nosso alcance”, mas que o PS se manteve “intransigente na sua proposta de ter uma comissão parlamentar de inquérito prolongada”.
O PS, diz o primeiro-ministro, pretendia “contaminar” a governação alegando que ficou claro que “o PS não quer respostas, mas quer o prolongamento do impasse”.
Luís Montenegro revelou que o PS queria uma comissão parlamentar de inquérito a 90 dias e que o Governo foi “quase até aos 80 dias”. Ou seja, que “até 30 de maio havia tempo suficiente”.
Porém, o PS, sustenta, “não quer esclarecimentos” – quer uma “degradação”.
“Tentámos tudo para evitar uma crise”, assegura Montenegro.
O Governo apresentou inicialmente uma proposta de retirar a moção de confiança, aceitando a comissão de inquérito proposta pelo PS e o seu objeto, mas com um prazo de quinze dias, em vez dos 90 previstos.
Como o “PS não respondeu”, o Governo propôs o final de maio como prazo limite para ter as conclusões da comissão parlamentar de inquérito.
“Infelizmente aquilo que tivemos foi uma recusa liminar, o PS não só não apresentou nenhuma contraproposta, como disse que não alteraria um milímetro daquilo que era a sua posição. Perante esta circunstância, nós infelizmente temos de concluir que parece que o PS está mesmo fortemente empenhado em que o país mergulhe numa crise política”, tinha já revelado o ministro dos Assuntos Parlamentares. (DN)