A escola, uma das poucas na região que ainda oferece refeições diárias aos alunos desfavorecidos, viu-se alvo de um saque na madrugada de Sexta-feira, (28 de Fevereiro), onde foram subtraídos 57 sacos de arroz, óleo alimentar, sal e computadores, produtos essenciais para o funcionamento do programa de alimentação escolar.
As autoridades acreditam que o Director terá simulado um acto de vandalismo para encobrir o desvio, alegadamente em conluio com o guarda e o fiel de armazém, ambos também detidos.
Parte dos produtos foi encontrada numa sala na própria escola, indício que reforça a hipótese de envolvimento interno. Entretanto, o referido Director refuta as acusações, alegando que apenas comunicou a presença de movimentações suspeitas no recinto à polícia.
“Não estive presente no momento dos acontecimentos. Limitei-me a alertar as autoridades assim que recebi informações sobre movimentações estranhas”, declarou.
Contudo, a PRM sustenta que já havia recebido informações dando indícios dos planos que os três detidos tinham, no tanto que depois de evacuar os produtos dos seus devidos lugares, “agitaram” os alunos para uma manifestação.
Segundo Dércio Samuel, porta-voz da corporação em Nampula, este é o quarto caso registado só este ano na província, envolvendo saques em escolas públicas, cenário que levanta preocupações sobre o envolvimento dos gestores de um estabelecimento de ensino, que deveriam transmitir os modos de boa convivência social, e são os mesmos que contribuem para o recrudescimento das manifestações e destruição de bens públicos. (INTEGRITY)