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INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 06 de Outubro de 2022– Já se passam 11 meses desde que Lutero Simango, irmão do falecido presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango e então autarca da cidade da Beira, na província de Sofala, assumiu o poder daquela formação política. Lutero Simango que foi eleito no III° Congresso do MDM realizado de 03 a 05 de Dezembro de 2021, realizado na catedral daquela formação na cidade da Beira, continua a ocupar três funções de extrema relevância, como se o partido não tivesse membros capazes e que estejam na lista de espera para acederem a função de deputado.

Pois embora, fontes internas do partido, avancem que Lutero Simango, irá se retirar, o facto é que já se passam quase um ano, tendo inclusive após o Congresso do seu partido, ocorrido mais uma sessão da Assembleia da República (AR) que culminou sem que o mesmo tivesse tocado no assunto e hoje arranca a sexta sessão e vários membros do partido, ouvidos pela nossa reportagem, questionam-se: será desta vez, que o Presidente do partido, deputado da AR e chefe da bancada parlamentar renunciará o mandato e passará a dedicar-se apenas a questões do partido? E caso não o faça, como tem sido o processo de prestação de contas da bancada do MDM, uma vez que a entidade que deveria exigir e orientar os deputados ocupa três funções?

De referir que o MDM é um dos partidos que mais tem defendido a redução dos poderes do Presidente da República de Moçambique, a quem o filósofo Severino Ngoenha, diz que “tem mais poderes que Luís XIV”. Deste modo, seria de bom tom que o Presidente do MDM, Chefe da bancada parlamentar e deputado da AR, Lutero Simango começasse por dar o exemplo e assumir a função de treinador da equipa e não ser um “faz-tudo”. De salientar que os bons exemplos devem vir de cima, quem sabe assim, esta seja a despedida de um dos deputados que vem desde a primeira legislatura após as eleições de 1994, em que foi um dos vários candidatos derrotados a presidente da República. (INTEGRITY)

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