Suspeitos de rapto “escapam” durante a inspecção de uma viatura pela polícia em Maputo

INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 21 de Fevereiro de 2025-Mais um rapto ocorreu na manhã desta Sexta-feira (21.02) na zona nobre da cidade de Maputo, capital de Moçambique. No entanto, horas depois a vítima seria resgatada. Trata-se de um empresário luso-moçambicano de 57 anos e que trabalha no sector de importação de veículos.

O empresário com fortes ligações com um dos membros influentes do Partido Frelimo foi sequestrado por volta das 07 horas quando saia de um ginásio próximo do Comité Olímpico, na rua Mateus Sansão Muthemba, na zona do Museu, na capital do País. Mas com cerco que se fez na cidade de Maputo acabou por ser resgatado, segundo várias fontes próximas.

Na ocasião, quatro homens armados e encapuzados interceptaram a sua viatura e sequestraram o empresário, tendo zarpado do local para um lugar incerto. Entretanto, foi accionada a Polícia da República de Moçambique (PRM) que começou uma vasculha e com ruas próximas do local, todas elas fechadas.

Segundo Leonel Muchina, Porta-voz da PRM na Cidade de Maputo, foi durante este trabalho de investigação que uma viatura suspeita foi interpelada por agentes da PRM, onde na ocasião faziam-se transportar três indivíduos. Durante o processo, os mesmos abandonaram a viatura e colocaram-se em fuga e introduziram-se no cemitério São Francisco Xavier, vulgo cemitério da Ronil.

Na vasculha que se seguiu na viatura em causa, foram achadas duas armas de fogo, sendo uma do tipo AKM e a outra pistola, mas também roupas dos suspeitos de sequestro usadas durante a operação. Motivados pela descoberta, a PRM activou suas linhas operativas e cercou o cemitério da Ronil em busca dos suspeitos. Com cães farejadores e homens fortemente armados, os agentes vasculharam perímetro por perímetro do cemitério em busca dos visados, mas debalde.

De referir que desde 2011 que Moçambique tem sido epicentro de actuação do Sindicato de raptos, facto que já levou mais de 150 empresários a abandonarem o País e várias empresas a fecharem. Estranhamente, das mais de 280 pessoas detidas até ao momento, nenhuma delas é o cabecilha ou membro do topo do sindicato. (Omardine Omar)

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