Além dela, outros membros da direita portuguesa, assim como alguns membros da comunidade muçulmana, também são alvos destas suposições por parte do regime moçambicano. Entretanto, Ângela viu-se obrigada a sair de Moçambique fugindo do sistema moçambicano para uma parte incerta para proteger sua vida.
Desse modo, Ângela Maria Serras Pires, é descrita como sendo uma descendente portuguesa com nacionalidade moçambicana, com fortes ligações à RENAMO e que tem sido o rosto de ataques à Frelimo e ao governo moçambicano.
“Tudo foi publicado a 10 de Novembro do ano 2024, no Mozleaks a dizer que eu era a que organizava a logística das manifestações, os autores são o Américo Matavele e Lázaro Bamo, todos do Gabinete do Presidente da República nas áreas de Comunicação e marketing”, rematou.
Entretanto, passam-se já três meses que Ângela Serras Pires encontra-se em parte incerta devido ao medo do regime e esquadrões da morte do Governo, segundo afirma. Numa altura em que vários manifestantes têm sido assassinados pelas autoridades à luz do dia, assim como membros do partido PODEMOS.
Segundo o Artigo 51 da Constituição da República de Moçambique prevê o direito à Liberdade de Reunião e de Manifestação. A Lei 9/91 (11 de Julho) alterada pela Lei 7/2001, regula que a demonstração não necessita de autorizações (art.3, n.º 1).
O artigo dispõe que “Todos os Cidadãos podem pacificamente exercer livremente o seu direito de reunião e de manifestação, sem qualquer autorização prevista pela lei”.
Salientar que Moçambique está num caminho perigoso devido à repressão da oposição, fragilidade da Democracia e a instrumentalização do sistema. (Milda Langa)