Moçambique é um País flagelado pelo terrorismo, banditismo, tráfico de drogas, raptos, tráfico humano, branqueamento de capitais, imigração ilegal, corrupção endémica, prostituição diplomática, pesca ilegal, pirataria marítima, contrabando de recursos minerais, entre outros crimes tenebrosos e que assombram a nossa existência.
Entretanto, com a entrada de Daniel Chapo como Presidente da República de Moçambique, onde já mexeu no Comando-Geral da Polícia e nos ministérios castrenses como o Interior e a Defesa, ainda não se sabe quando e quem será nomeado como o novo Director-Geral do SISE, uma vez que a figura que ocupa a função de adjunto, conforme apuramos também não se encontra em boas condições clínicas, passando mais tempo em tratamento médico, em vez de atender questões sensíveis do Estado.
O silêncio do executivo dirigido por Daniel Chapo em relação à questão do SISE é preocupante, como também é a questão da segurança em Cabo Delgado, onde desde a sua ascensão os ataques terroristas intensificaram-se em vários distritos. No entanto, o Presidente da República, pelo menos ao nível público, ainda não se reuniu com os militares e muito menos com os melhores filhos desta pátria presentes na linha de frente em Cabo Delgado.
É uma actuação inexplicável que demonstra uma falta de estratégia governativa no que concerne a um pilar do Estado em que é defesa e protecção da soberania do Estado, principalmente num momento em que o País colapsa a passos galopantes com a desordem normalizada. O Presidente da República precisa reorganizar a secreta moçambicana e afinar a máquina e a moral das FADM para fazer face aos enormes desafios de segurança em que Moçambique está votado.
Um Presidente preocupado com o desenvolvimento do País tinha que ter como primazia a segurança do Estado, do Povo, da territorialidade e seus recursos naturais abundantes que neste intervalo de tempo encontram-se a ser dilapidados incansavelmente. Ademais, a segurança do Estado não é feita pela UIR e o SERNIC. Ela deve ser pensada, trabalhada, antecipada e monitorada, o que não se assiste actualmente em Moçambique, onde os poucos empresários que restaram continuam a ser raptados em plena luz do dia, demonstrando a fragilidade do Estado moçambicano e uma falha de estratégia na componente de segurança pública.
Não se sabe até quando o Presidente da República continuará sem um “chefe da secreta”, um James Bond que passa dar respostas aos diversos desafios securitários que Moçambique está votado presentemente. Talvez esteja com uma dor de cabeça nas escolhas, devido à sensibilidade do cargo, mas é importante que este aspecto seja resolvido para o bem do povo, do País e dos interesses do Estado interna e externamente. (O.O.)