Após uma tumultuada conferência em Munique e uma das semanas diplomáticas mais difíceis de sua existência, os líderes europeus tentam encontrar uma solução para pôr fim à guerra na Ucrânia.
Isto assume a forma de uma conferência sobre “segurança europeia”, convocada na segunda-feira, 17 de fevereiro, em Paris, por Emmanuel Macron.
Macron, que não participou das discussões na Baviera, convidou os líderes dos principais estados-membros da UE e do Reino Unido, bem como o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, para a capital francesa com o objetivo de fortalecer a segurança do continente e aumentar sua influência diplomática em uma negociação de paz ucraniana que parece estar escapando deles.
A Suécia também anunciou na segunda-feira que “não descarta” enviar tropas de paz para a Ucrânia, disse seu ministro das Relações Exteriores na segunda-feira.
A Alemanha, porém, considera as discussões sobre o envio de tropas para a Ucrânia “prematuras”. “Dissemos repetidamente que primeiro precisamos esperar para ver se e como a paz, como esperamos, chegará à Ucrânia”, disse Christiane Hoffmann, porta-voz do governo alemão. “Então poderemos discutir as condições e como isso pode ser organizado”, acrescentou ela.
Hungria critica líderes “frustrados”
O governo húngaro criticou na segunda-feira, 17, a reunião planejada na França de uma dúzia de líderes de países da União Europeia e da Otan para definir uma resposta comum à “aceleração” da administração americana na Ucrânia.
“Hoje em Paris, líderes europeus frustrados, pró-guerra e anti-Trump estão se reunindo para bloquear um acordo de paz na Ucrânia”, disse o Ministro das Relações Exteriores Peter Szijjarto à margem de uma entrevista coletiva no Cazaquistão, transmitida em sua conta do Facebook. (O ANTAGONISTA)