Matumbo fugiu, mas seus rastros ainda continuam na nossa zona, onde todos querem vingança — até a quem pensou em matar os cachorros e queimar a cabana dele, mas será que esta é uma solução?
Hitler Barrigana, um consumidor exímio de bebidas alcoólicas, foi descoberto devido à polémica envolvendo a invasão de terras supostamente pertencentes a determinados líderes e políticos influentes do Frelimistão. Sucede que na zona, o município decidiu atribuir em tempos mais de 100 hectares a um cidadão de nacionalidade chinesa que ninguém sabe o que ele produz no referido espaço.
Os habitantes de Chabuza, nas proximidades da capital moçambicana, Maputo, invadiram o espaço reservado ao cidadão chinês e dividiram os talhões. Min Zheng tentou intimidar os invasores, mas Hitler Barrigana que estava trabalhando no dia, decidiu que iria resolver o problema rapidamente. Debalde!
Motivado pelos 100 mil meticais disponibilizados por Min Zheng, Hitler Barrigana organizou um grupo de sete agentes do seu “gangue” e partiram para o local, entretanto, quando pensava que iriam intimidar alguns invasores, chegaram no local e encontraram mais de 150 moradores que já se sentiam proprietários do espaço.
Sem alternativa, uma vez que no local se encontrava alguma imprensa e que transmitia em directo para um renomado programa televisivo e que passa a partir das 11 horas, Barrigana e seus comparsas colocaram-se em fuga, mas o carro que traziam deixou rastos, uma vez que no calor das manifestações, na famigerada a fase Turbo V8, a mesma viatura foi vista sem matrículas por várias vezes em Chabuza, onde entrava casa por casa mascarados e assassinava jovens que participavam nas manifestações.
Barrigana foi reconhecido como quem teria baleado um rapaz de 15 anos que simplesmente havia levantado em plena estrada um cartaz escrito “Povo no Poder”. No referido dia, o agente Barrigana desceu do carro, mascarado e armado, e sem qualquer motivo disparou para a testa do rapaz e zarpou do local. As velhas da zona que saíam da machamba viram a fisionomia do homem, mas sempre tiveram dúvidas, no entanto, foi na confusão dos talhões ocupados em que foi reconhecido e passou a ser procurado desde então.
Descoberto o seu reduto. Hitler Barrigana, pseudónimo atribuído devido a sua forma de organizar as barbas, sua altura, a fala e a sua barriga avantajada, assim como a sua frieza e crueldade nas operações que é enviado, a população destruiu tudo que ele possuía. No dia, a esposa e os filhos foram expulsos da zona, mas Barrigana encontrava-se foragido, uma vez que a população procura por ele no seu local de trabalho.
Durante as manifestações, em Chabuza, mais de 15 jovens sumiram em plena calada da noite e outros foram assassinados nas suas próprias casas e nas ruas onde participavam nas manifestações. Portanto, a frieza de Barrigana virou motivo de conversas na zona, uma vez que durante as rodadas de bebedeira com os vizinhos, era um dos participantes mais activos da conversa com declarações duras contra o regime e a favor de uma mudança política urgente no País, mas hoje percebe-se que, na verdade, pretendia empurrar os outros para o buraco, uma vez que alguns clientes das barracas da zona, nomeadamente, na dona Celma, Almira e Madona, muitos clientes deixaram de frequentar, depois que tiveram ligações estranhas e ameaças de morte.
Com a descoberta, o homem teve que fugir da zona, mas como é um cobarde, até deixou a sua mulher e os filhos menores para trás, tendo as mesmas escapados da fúria popular, simplesmente porque em Chabuza, as pessoas são muito religiosas e o fenómeno das Igrejas em cada canto e esquina é enorme.
Hitler Barrigana é cangaceiro neonazista que destruiu famílias em Chabuza, porque havia sido prometido uma promoção para o cargo de Comandante Distrital da companhia, mas hoje vive como um rato do esgoto, uma vez que as velhas feiticeiras da zona estão caçando o homem, tendo inclusive “enfeitiçado” a esposa que desde que foi expulsa do bairro surgiu-lhe um abscesso na garganta, mas mesmo com as intensas dores que a esposa se encontra a enfrentar, Barrigana nunca procurou por ela, por alegado medo! Deixando em suspense se não terá falecido ou foi transferido […]. (Omardine Omar)