Os pangolins são os mamíferos selvagens mais traficados no mundo, com os caçadores furtivos a matarem cerca de 2,7 milhões de animais em África. Dados oficiais do Programa Mundial das Nações Unidas para o Meio-Ambiente, apontam para pouco mais de 1 milhão de pangolins traficados nos últimos 10 anos.
Os pangolins desempenham um papel crucial na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas. Como insectívoros, eles ajudam a regular as populações de formigas e cupins, evitando que esses insectos se tornem pragas que podem prejudicar a vida vegetal e as culturas agrícolas. Ao se alimentarem de formigas, os pangolins também contribuem para a saúde do solo, pois seu comportamento de escavação ajuda a arejar a terra, tornando-a mais fértil.
Existem no mundo oito espécies deste mamífero, nomeadamente: quatro asiáticas e Quatro africanas. Esta última é considerada espécie em extinção pela Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies Ameaçadas, CITES.
Na tradição moçambicana, o pangolim é também designado por Eka (no Norte), Nkawale (na região Centro) e Halakavuma (no Sul) e possui um valor social inestimável, visto como um animal associado a muitos mitos tais como é o de acreditar que foi enviado por Deus para trazer a prosperidade, a chuva, boas colheitas na agricultura ou por vezes como mensageiro de eventos negativos como a seca e outros fenómenos climáticos.
Nesta efeméride, a ANAC prevê a realização várias actividades de educação ambiental ao nível Nacional, com destaque para palestras nas escolas, nos comandos da Polícia da República de Moçambique, a divulgação de vídeos e posters nas redes sociais e nos meios de comunicação social. (Nota Informativa – ANAC)