Massango disse que tudo é feito com base nas manifestações e se se observar a intenção já não é a crise pós-eleitoral é o custo de vida! “Como ultrapassar esses problemas parte de um esforço por parte do governo em virar os velhos hábitos de governação, responder os principais desafios que o povo quer. Muitos pensam que o diálogo político vai responder os problemas, eu digo não, diálogo não resolve nem minimiza os problemas porque o diálogo é para futuro, o povo quer o presente.”
Massango acrescentou ainda que, em relação ao Daniel Chapo, na qualidade de Presidente da República de Moçambique, negamos ou não ele é Presidente, tem poder, tem Instituições, tem dinheiro tem a chave dos segredos sobre Moçambique.
O presidente do Partido Ecologista João Massango, disse que Daniel Chapo e o governo devem urgentemente estudar mecanismos para tirar o país dos principais problemas, como a fome em primeiro lugar, desemprego na maioria dos jovens, apostar e promover a qualidade da educação, saúde, habitação, transporte, segurança.
Massango disse ainda que Daniel Chapo e o Governo devem olhar as potencialidades dos solos que Moçambique tem para a agricultura, o mar e recursos naturais para aliviar o foco da pobreza absoluta. Entretanto, para Massango, talvez o país ou o povo volte a depositar a confiança com o Governo porque há aqui um divórcio visível entre Governo e o povo.
Outro ora, Massango disse ainda que Daniel Chapo tem um desafio que está proibido de errar, o povo que governa hoje tornou-se rebelde, por outro lado, não se deve caracterizar estes fenómenos Venancista.
“Aquilo que se diz, o povo ouve Venâncio e não escuta o Chapo, isso é verdade, mas o Governo pode inverter isso tudo. Claramente que isto depende de três factores nomeadamente, o primeiro é o comprometimento, o segundo a habilidade e o terceiro factor tem a ver com a atitude, o desejo de querer inverter a história, digo isso porque é momento de acção e não politiquice por parte do governo”, disse Massango.
“Em relação ao Venâncio, ele é político, está fazendo suas actividades no exercício do seu direito, às vezes, me questiono quando vejo a inoperância do governo e culpa Venâncio. Olha, política é Pressão, no entanto, o pressionado deve mudar a atitude procurar responder o desejo da maioria o povo, só que vivemos por muito e longos anos no regime da Frelimo que tomaram os destinos deste país sem pressão dos seus adversários directos, hoje o xadrez político mudou, os tempos mudaram, em relação ao diálogo político em sociedade democrática isso é bom e deve ser urgente”, rematou Massango.
Com tudo, os moçambicanos foram apelidados ao longo do tempo povo pacífico, onde por de trás disso escondiam a cobardia, conforme afirma o Presidente do Partido Ecologista João Massango.
“Hoje o povo mudou. A nossa sociedade é composta maioritariamente por jovens, muitos deles visionários. As exigências de hoje não são de ontem, cabe ao governo implementar novas acções para a colmatar a mudança de comportamento do povo moçambicano”, acrescentou.
Entretanto, Massango condena o excesso que leva o povo a destruir Instituições, mas são efeitos da revolução, não há revolução sem sacrifício, que, no entanto, sirva de aulas para o futuro, pois a próxima geração vai ser mais exigente que está, com isto o governo deve mudar o paradigma.
Massango disse ainda que os Partidos da oposição devem se integrar às mudanças, não devem se prender no espaço e no tempo. Avaliando a actuação da oposição sempre se notou lacunas, o partido no poder e o estado sempre usou a teoria de dividir para reinar, o dinamismo do multipartidarismo foi fraco por vários factores, desafios contemporâneos, opor-se a regime totalitário e ditatorial as vezes requer sacrifício, porque eles usam todos os tipos de sistema de repressão, intimidação, assassinatos aos adversários político, factor este que se viu em Moçambique até hoje.
Para Massango, a postura da oposição deve ser feita a partir de estudos até se possível recomendar aos estudiosos de ciências políticas o formato de como fazer política, ou mesmo, Massango afirma que os partidos devem se reinventar para granjear simpatia no povo.
“O povo já não confia, mas, por outro lado, aqui está como destronar o embondeiro regime da Frelimo que sempre caracterizou o sistema político pela manipulação das Instituições como CNE, STAE E CC, a democracia está em colapso e o problema não são partidos políticos é o sistema e fim da citação”, declarou Massango, debruçando sobre a onda das manifestações como consequência da crise política em Moçambique! (Milda Langa)