Impissa explica que com a destruição de bens públicos e privados os cidadãos agora são obrigados a gastar mais dinheiro percorrendo longas distâncias atrás de produtos e serviços, e isso torna, no seu entender torna o custo de vida mais caro.
“Hoje, o custo de vida aumentou um pouco mais porque para além de ter dinheiro para comprar o que compravam, tem de ter mais dinheiro de chapa que já não precisava na altura quando o mercado estava próximo”, justificou Impissa.
O porta-voz do governo fez estes pronunciamentos reagindo à onda de bloqueio de estradas vividos na última Segunda-feira na Cidade e Província de Maputo, e na terça na vila da Macia na Província de Gaza.
Na ocasião os manifestantes reclamavam pelo alto custo de vida. Com as suas acções de protestos pretendiam chamar atenção do governo para trazer soluções da actual situação socioeconómica, priorizando a acessibilidade de produtos alimentares e materiais de construção.
O governo ouviu, mas não apresentou soluções, aliás atribuiu a culpa aos manifestantes. “O ambiente para investimento está ficando cada vez mais ameaçado. À medida que estas acções continuam, a população, infelizmente, vai sofrer porque as ofertas reduzem e a procura aumenta e nesta dicotomia depois fica complicado responder às necessidades na hora necessária. E quando os produtos são escassos, a tendência é de especulação de preços, aumento de preços”, fundamenta Impissa.
Em relação à questão do não-pagamento das portagens, o governo contou que decorrem trabalhos por forma a encontrar alternativas aos custos das tarifas aos transportadores de passageiros, por forma a minorar o valor dos transportes para os cidadãos.
Ainda nesta sessão, a quarta do Governo, foi apreciado e aprovado o decreto que determina a observância de luto nacional de três dias, a partir das zero horas de hoje, pelo desaparecimento físico do antigo Presidente da República da Namíbia, Sam Nujoma.
Na mesma sessão, o Conselho de Ministros apreciou informação sobre a estratégia de pagamento das horas extras aos profissionais da saúde e da educação, bem como aos fornecedores de bens e serviços ao Estado.
“Relativamente a este assunto, o Governo informa que o pagamento das horas extras será efectuado em duas fases, sendo a primeira no plano dos 100 dias de governação e a próxima etapa a partir do segundo trimestre do ano de 2025. Em relação aos fornecedores de bens e serviços ao Estado, o pagamento também será faseado, tendo a primeira fase sido incluída no plano dos primeiros 100 dias de governação e o remanescente sujeito à validação”, explicou o porta-voz. (Ekibal Seda)