Essa subida resulta da tendência de melhorias das afluências registada em Janeiro apesar da continuidade da seca regional que se observa desde o ano hidrológico 2023/2024, atenuada pelas medidas de gestão hidroenergética desde o ano passado.
“As afluências previstas para Janeiro eram de 1.100 m³/s, baseadas no que se observava naquela altura, no entanto, já na última semana de Janeiro observaram-se caudais significativamente positivos e maiores, tendo atingido o pico de cerca de 4.000 m³/s a 30 de Janeiro de 2025, o que melhorou a média de afluências observadas para 1.585 m³/s”, lê-se num documento que a Integrity teve acesso.
Em resultado da melhoria das afluências de Janeiro, o armazenamento que havia sido previsto em 19%, para o final do mês, fixou-se em 21.7% com tendências crescentes na primeira semana de Fevereiro.
Apesar destes números a HCB considera que continuam muito longe das médias históricas de Janeiro se comparado aos últimos 43 anos, pois habitualmente tem sido de 2.642 m³/s.
“Estas afluências normalmente surgem da combinação das contribuições vindas da bacia própria da Albufeira de Cahora Bassa e água turbinada na barragem de Kariba e de caudais que efluem a partir do sistema do rio Kafue, na República da Zâmbia, que presentemente se encontram em restrições de produção hidroenergética”, refere o documento.
Com as previsões de precipitação existente para os próximos dias, as afluências verificadas nos primeiros dias do mês a evolução da situação hidrometeorológica da bacia do Zambeze, a HCB espera ajustar o plano de exploração da albufeira. (Ekibal Seda)