Também foi relatado que esses corpos não foram transferidos para necrotérios de hospitais, levantando preocupações sobre o tratamento dado aos restos mortais dos soldados sul-africanos mortos nos conflitos.
Esses soldados faziam parte de um contingente destacado junto às Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) para apoiar o esforço contra a ofensiva do M23.
Entre esses corpos estão os de soldados mortos durante a batalha pela captura de Goma pelo M23, bem como os de outros soldados que morreram nos violentos confrontos na região de Sake. Essa situação levanta questões sobre a gestão dos corpos e a logística do repatriamento dos restos mortais.
O deputado sul-africano e líder político antigovernamental Julius Malema revelou recentemente informações obtidas de um soldado sul-africano estacionado em Goma, que relatou que os corpos de seus camaradas começaram a se decompor. Segundo Malema, o soldado também disse que não havia como recuperar os corpos dos mortos.
“Disseram-nos que os corpos estavam em decomposição e não havia como ir buscá-los. Eles tomaram uma base militar da Força de Defesa Sul-Africana perto do aeroporto de Goma. Nossos soldados agora estão nas mãos do M23, e mesmo quando precisam ir ao banheiro, eles têm que pedir permissão ao M23, conforme relatado por um soldado no local”, disse Malema.
Malema também acusou o governo sul-africano de encobrir a verdade sobre as circunstâncias do envio de tropas para a RDC. Segundo ele, o executivo ocultou deliberadamente os reais motivos da intervenção sul-africana, ao favorecer a divulgação de informações falsas sobre as missões dos soldados.
O governo sul-africano anunciou que os corpos dos soldados falecidos serão repatriados na quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025. No entanto, a questão do meio de transporte permanece incerta, com rotas aéreas e marítimas fechadas. A solução considerada foi o trânsito dos restos mortais via Ruanda, opção inicialmente aceita pela África do Sul.
No entanto, relatórios recentes indicam que a África do Sul pode ter rejeitado essa possibilidade, apesar de discussões anteriores com autoridades ruandesas. (IGIHE)