De acordo com testemunhas no local, o acidente ocorreu devido à ausência de sinais de alerta na passagem de nível, uma vez que a guarita responsável por conter os dispositivos de segurança foi vandalizada durante as manifestações pós-eleitorais.
“O comboio vinha a alta velocidade, e o camião, que se dirigia ao aterro sanitário de Mavoco carregado de lixo, não parou. O impacto foi tão forte que o comboio arrastou o camião para fora da estrada e deixou-o imobilizado”, relatou Augusto, uma testemunha que presenciou o acidente.
Após a colisão, uma multidão composta por jovens e adultos acorreu ao local, munida de bidões, latas e outros recipientes para recolher o combustível derramado durante o acidente. A acção ocorreu sob o olhar passivo da polícia, que esteve presente no local, mas não interveio para conter a situação.
O comboio envolvido na colisão pertence à empresa sul-africana Grindrod, que opera no Porto de Maputo e transportava carvão mineral com destino ao terminal portuário.
Até às 19h, o camião ainda permanecia no local do acidente, enquanto uma grua realizava os trabalhos de remoção. Como consequência, a circulação ferroviária de comboios de passageiros com destino a Maputo, Goba e Boane ficou interrompida pelo menos até o final do dia.
Este trágico incidente destaca não apenas os riscos da falta de segurança nas passagens de nível, mas também a vulnerabilidade das infraestruturas ferroviárias a actos de vandalismo. Além disso, a resposta das autoridades ao saque de combustível levanta questões sobre a gestão de emergências em casos de acidentes dessa magnitude. (INTEGRITY)