“São esses que venderam a nossa luta”, afirmou Araújo em tom firme, durante uma intervenção pública, questionando os motivos por trás de certas decisões internas da Renamo.
O autarca denunciou que, em momentos cruciais, algumas figuras do partido a bateram de manifestações alegando estarem em negociações. “Alguns dos nossos chefes diziam que não podíamos marchar porque negociavam. A pergunta que não quer calar é: o que estavam a negociar?”, questionou.
Araújo sublinhou ainda que, antes de enfrentar a Frelimo, o partido no poder, a Renamo precisa resolver questões internas e garantir que seus dirigentes estejam realmente comprometidos com os ideais do partido. Para o “mano Mané” que é carinhosamente chamado, a Frelimo já demonstra sinais de fraqueza, mas a Renamo precisa de uma base forte e unida para a confrontar eficazmente.
As declarações do edil de Quelimane reflectem um crescente descontentamento na oposição moçambicana, num momento em que o país se prepara para futuros desafios políticos. (Nando Mabica)