A data homenageia aqueles que lutaram pela independência de Moçambique, conquistada a 25 de Junho de 1975. O dia 3 de Fevereiro foi escolhido em memória de Eduardo Chivambo Mondlane, primeiro presidente da FRELIMO, assassinado em 1969. Mondlane foi uma figura central na luta contra o colonialismo português e na organização do movimento de libertação.
As celebrações incluíram cerimónias oficiais, deposição de coroas de flores em monumentos históricos e debates sobre o futuro do país, promovendo a reflexão sobre o legado da luta pela independência e os desafios do desenvolvimento nacional.
Tensão política e ausências marcantes
Assim como no dia da sua tomada de posse, a 15 de Janeiro, as cerimónias contaram com um forte esquema de segurança. Figuras políticas como os antigos presidentes Joaquim Chissano e Armando Guebuza marcaram presença. No entanto, a grande ausência foi a do ex-presidente Filipe Nyusi, que não foi visto no evento.
Por sua vez, Albino Forquilha, presidente do partido Podemos, defendeu que a oposição não deve ser vista como extremismo, mas sim como um equilíbrio necessário na política nacional.
O filho do primeiro presidente de Moçambique, Samora Machel Júnior, criticou a actual governação, apontando desafios nas áreas de educação, saúde e desemprego, que, segundo ele, afectam gravemente a sociedade moçambicana. No entanto, revelou sua vontade de ocupar o cargo de Secretário-Geral da FRELIMO, caso o partido manifeste essa intenção.
As celebrações do Dia dos Heróis Moçambicanos não apenas reforçam a memória da luta pela independência, mas também inspiram as novas gerações a reflectirem sobre o patriotismo, a unidade nacional e o progresso do país. (Nando Mabica)