Esta recomendação surge devido aos desafios que Moçambique enfrenta em torno da gestão dos resíduos, particularmente nas zonas urbanas. Para Serra a resolução deste problema vai concorrer para a melhoria da qualidade de vida dos moçambicanos.
“Terminamos o ano passado cheios de lixo, o ambiente urbano não é dos melhores, a produção e gestão de resíduos sólidos no ambiente urbano ela tem que constituir uma prioridade nacional porque tem a ver com saneamento, qualidade de vida, bem-estar dos cidadãos”, comentou.
Mais do que melhorar a recolha dos resíduos sólidos, o ambientalista sugere, através do lixo, a criação de oportunidades de negócio partindo do nível local ao nacional.
“Deve haver muito apoio aos municípios e distritos para melhorar significativamente esta gestão e para caminharmos para uma economia circular, uma economia que gera muitas oportunidades de renda a partir de resíduos”, propôs.
Durante a sua investidura, Daniel Chapo comprometeu-se em proteger o meio-ambiente. “Vamos proteger as nossas florestas e os nossos recursos naturais, pondo fim aos cartéis que exploram o país sem dar nada em troca, com a conivência de moçambicanos”, garantiu.
Carlos Serra considera essa abordagem oportuna e relevante, por entender que deve haver esperança em todas as áreas de interesse do país, no entanto, aguarda pelas medidas de implementação das reformas que poderão ser traduzidas no Programa Quinquenal do Governo.
“No discurso há também alusão a uma reforma que deve acontecer nas florestas, atenção que as florestas já dispõem de um quadro político legal e inovador, mas falta implementação. A implementação deixa muito a desejar, há um grande trabalho a fazer porque este recurso tem que produzir riqueza para os moçambicanos”, explicou. (Ekibal Seda)