A principal mudança envolve a redução da taxa de juro de política monetária, a taxa MIMO, que passou de 12,75% para 12,25%. Além disso, o Banco Central decidiu diminuir o coeficiente das reservas obrigatórias em moeda nacional e estrangeira em 10 pontos percentuais, fixando-o em 29%.
Conforme o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, estas medidas pretendem injectar mais liquidez no mercado financeiro, num contexto de elevado custo de vida e tensões económicas agravadas pelo período pós-eleitoral. “Estamos a criar condições para aliviar as dificuldades enfrentadas pelas empresas e pelos cidadãos no acesso ao crédito e à gestão de seus recursos”, explicou Zandamela durante uma conferência de imprensa realizada na cidade de Maputo.
A decisão reflecte o compromisso do Banco Central em equilibrar as pressões inflacionárias e a necessidade de apoiar a recuperação económica, numa altura em que a economia enfrenta desafios internos e externos. As medidas deverão proporcionar maior dinamismo às actividades financeiras e produtivas do país.
Com essas medidas espera-se que a redução das taxas e do coeficiente de reservas obrigatórias impacte positivamente o crédito bancário, contribuindo para o crescimento económico e a melhoria do bem-estar da população. (Nando Mabica)