A cerimónia, realizada no Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Maputo, marcou o início de uma gestão que se propõe combater práticas prejudiciais como corrupção, nepotismo e burocracia excessiva.
Chachine, reconhecido por seu posicionamento firme contra a má conduta policial, destacou em seu discurso a importância de uma administração transparente e eficiente para aproximar o ministério da população. No entanto, o compromisso com a erradicação de práticas enraizadas no sistema governamental em diversas esferas do governo.
A responsabilidade de manter a ordem pública, garantir a segurança, investigar crimes, controlar a imigração e prestar assistência humanitária a refugiados é monumental. Soma-se a isso o desafio de coordenar esforços em emergências, como incêndios e calamidades naturais, áreas no qual a resposta governamental tem sido amplamente criticada por sua morosidade e ineficiência.
Apesar das promessas de uma gestão centrada na eficiência e transparência, a verdadeira eficácia de Chachine será medida pela capacidade de implementar mudanças estruturais. Combater a corrupção e o nepotismo, por exemplo, exige não apenas retórica, mas também a criação de mecanismos sólidos de monitoramento e punição.
O elogio aos funcionários dedicados do ministério pode ser interpretado como um incentivo, mas também como um reconhecimento tácito das dificuldades enfrentadas por servidores públicos que operam em um sistema muitas vezes fragilizado.
O novo ministro inicia seu mandato em um momento crítico, com a expectativa de que sua liderança traga mudanças concretas para um sector que impacta directamente a vida dos cidadãos. Contudo, a eficácia de seu discurso será avaliada pelo povo, que espera mais acção do que promessas em um cenário que exige urgência e determinação. (Nando Mabica)