Conheça as medidas anunciadas por Donald Trump após a tomada de posse

Após tomar posse como o 47º presidente dos EUA, Trump assina decretos, grande parte com enfoque na questão da imigração e da economia.

Donald Trump foi empossado no Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, como o 47º presidente norte-americano na segunda-feira (20/1), em Washington D.C. Como primeira ação como presidente, Trump assinou uma série de memorandos e decretos.

O perdão de 1.500 americanos envolvidos na invasão do Capitólio, a mudança do nome Golfo do México para Golfo da América e saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) estão entre as ordens presidenciais.

Algumas medidas que Trump já assinou:

 

No site da Casa Branca, estão sendo publicados os memorandos e as ordens executivas de Trump. A primeira ordem executiva diz respeito a revogações de atos de governos anteriores. Trump assinou a revogação de 80 atos ao todo, entre ordens executivas e memorandos. Todas elas são do mandato de Joe Biden.

Trump assinou uma ordem executiva que revoga a carta que Biden havia enviado à instituição para reintegrar o país na OMS, em 2021. A jornalistas, o presidente norte-americano comparou o valor que os EUA pagam com o que a China contribui e criticou o fato de o outro país, com uma população maior, segundo ele, pagar menos que os americanos.

Uma ordem executiva foi emitida para renomear o Golfo do México para Golfo da América. A medida deve ser implementada, no prazo de 30 dias, pelo secretário do Interior. A alteração deve ser direcionada ao Sistema de Informação de Nomes Geográficos (GNIS, na sigla em inglês).

Dentre as revogações realizadas por Trump, 13 delas foram assinadas por Joe Biden no dia da posse dele, em 20 de janeiro de 2021. Muitas das medidas de Biden no primeiro dia do mandato foram tomadas para dar resposta à crise sanitária da pandemia da Covid-19. Uma das revogações recentes foi a retirada de Cuba como país patrocinador do terrorismo.

Liberdade

Com o título “Do discurso e o fim da censura federal” diz que o governo anterior “pisoteou os direitos de liberdade de expressão ao censurar os americanos”. No texto está escrito que os Estados Unidos devem “garantir o direito do povo americano de se envolver em discursos constitucionalmente protegidos”.

Dez decretos executivos já anunciados impõem, entre outras medidas, políticas de imigração de linha dura e a declaração de “emergência energética nacional”. Versam também sobre força de trabalho federal, tarifas e comércio internacional e energia e meio ambiente.

Também ficou determinado que o advogado-geral deve fazer uma revisão em atos dos últimos quatro anos. O objectivo é verificar possíveis ações em contradição com a nova política de liberdade de expressão. Ele deve entregar ao presidente um relatório com o resultado da averiguação e sugestões para correcções.

Outra ordem executiva por Trump tem o objetivo de “desarmar o governo contra o povo americano”. O texto diz que nos últimos quatro anos, o governo dos EUA teria sido aparelhado para agir contra os americanos. A ordem apresenta um exemplo do entendimento de Trump sobre o assunto.

Como adiantou ainda na campanha eleitoral, Donald Trump concedeu perdão aos envolvidos na invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Por meio de uma proclamação, ele concedeu o perdão nominalmente a 14 pessoas, mas a medida foi extendida a outras pessoas.

“Conceder perdão total, completo e incondicional a todos os outros indivíduos condenados por crimes relacionados a eventos ocorridos no Capitólio dos Estados Unidos ou próximo a ele em 6 de janeiro de 2021.”

Em relação ao Tik Tok, Trump emitiu uma ordem executiva na qual determinou que o procurador-geral não tome, no prazo de 75 dias, nenhuma medida para cumprir a lei assinada por Biden a respeito do banimento do aplicativo no país.

Acordo de Paris e economia

Um dos decretos assinados por Trump concretizou da saída do país do Acordo de Paris, que trata da emissão de gases do efeito estufa. “É um absurdo, estão extorquindo os Estados Unidos. Os Estados Unidos não vão sabotar a sua indústria. Na China, eles usam muita energia suja e quando isso vai para o ar, isso não fica lá”, frisou.

Também consta que os chefes devem “eliminar políticas “climáticas” nocivas e coercivas que aumentam os custos dos alimentos e do combustível”. Trump exigiu a apresentação de um relatório, em 30 dias, sobre a implementação do memorando.

Em relação à energia, Trump determinou, por uma ordem executiva, que as agências e os departamentos da gestão dele devem trabalhar para proporcionar a disponiblidade de energia a preços mais baixos aos americanos. A busca e a produção de energia será feita “incluindo, mas não se limitando a, em terras federais”.

Trump disse que os acordos internacionais “não devem sobrecarregar indevida ou injustamente os Estados Unidos”. O texto está uma ordem executiva sobre política internacional. Nela está determinada a saída do Acordo de Paris. A ordem executiva vai além, determina a retirada dos EUA de “de qualquer acordo” semelhante ao Acordo de Paris. Também foi revogado o “Plano Internacional de Financiamento Climático dos EUA”.

No campo da economia, um dos memorando diz, sem explicar como será feito, que os chefes de todos os departamentos e agências executivas devem proporcionar “ao povo americano uma redução emergencial de preços, consistente com a lei aplicável, e aumentem a prosperidade do trabalhador americano”.

A ajuda externa por parte dos Estados Unidos a outros países está suspensa por pelo menos 90 dias, prazo no qual a ordem de execução prevê uma avaliação da “eficiência” do apoio externo.

A contratação de servidores públicos federais foi suspensa por meio de um memorando. Isto não se aplica às forças armadas do país. Diz o texto que o governo vai desenvolver, por 90 dias, um plano para reduzir o tamanho da força de trabalho federal.

Decretos de Trump

Imigração e fronteira

Força de trabalho federal

Tarifas e comércio

Energia e meio ambiente

Proibição do TikTok adiada

Donald Trump prometeu no domingo (19/1) emitir uma ordem executiva para dar à ByteDance, dona chinesa do TikTok, mais tempo para a venda da empresa e satisfazer uma lei que a proibiria nos Estados Unidos. Apesar da promessa, a decisão não foi assinada no bloco de decretos. (M)

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