“Forquilha recebeu 219 milhões para vender a justiça eleitoral” – Adriano Nuvunga submete queixa no GCCC

INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 14 de Janeiro de 2025 - O Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD) submeteu uma denúncia no Gabinete Central do Combate à Corrupção (GCCC), uma denúncia contra Albino Forquilha, Presidente do partido PODEMOS, por alegadamente este ter recebido subornos para aceitar os resultados eleitorais contestados.

De acordo com Adriano Nuvunga, Director do CDD, a denúncia apresentada mostra, evidências da forma como Forquilha recebeu os mais de duzentos milhões de meticais, pelo que no seu entender trata-se de corrupção de natureza política e eleitoral.

“Viemos fazer uma denúncia contra o senhor Albino Forquilha, presidente do partido PODEMOS. Nós recebemos uma informação que indica que o Presidente do partido PODEMOS recebeu uma quantia de 219 milhões de meticais para vender a justiça eleitoral. Este é um suborno, subornos de natureza política são punidos severamente na nossa constituição da República e na lei de combate a corrupção”, queixou Nuvunga.

Esta denúncia surgiu numa altura em que já corriam especulações sobre possível suborno ao Albino Forquilha, na qualidade de líder do PODEMOS, a aceitar os resultados eleitorais proclamados pelo Conselho Constitucional no dia 23 de Dezembro.

A possibilidade do presidente do PODEMOS ter sido subornado surgiu devido ao conformismo que este apresentou em relação a estes resultados enquanto já vinha repudiando os mesmos. Na época o partido de Forquilha reivindicava a vitória do seu candidato Venâncio Mondlane na corrida presidencial e reclamava por mais acentos na Assembleia da República.

O Director do CDD espera que com as evidências apresentadas o GCCC faça diligências para reaver o valor, pois se tratando de dinheiro vindo do erário pertencente aos moçambicanos deve ser devolvido para o uso público.

“Este dinheiro deve ser recuperado e devolvido aos cofres do Estado, numa altura em que os funcionários públicos não têm salários e há dinheiro para viciar a luta pela justiça eleitoral que é um bem público maior”, comentou.

Sem avançar as evidências, Nuvunga sugere que se façam investigações nas contas de Albino Forquilha para obter mais elementos que comprovem a denúncia. (Ekibal Seda)

 

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