De acordo com Adriano Nuvunga, Director do CDD, a denúncia apresentada mostra, evidências da forma como Forquilha recebeu os mais de duzentos milhões de meticais, pelo que no seu entender trata-se de corrupção de natureza política e eleitoral.
“Viemos fazer uma denúncia contra o senhor Albino Forquilha, presidente do partido PODEMOS. Nós recebemos uma informação que indica que o Presidente do partido PODEMOS recebeu uma quantia de 219 milhões de meticais para vender a justiça eleitoral. Este é um suborno, subornos de natureza política são punidos severamente na nossa constituição da República e na lei de combate a corrupção”, queixou Nuvunga.
Esta denúncia surgiu numa altura em que já corriam especulações sobre possível suborno ao Albino Forquilha, na qualidade de líder do PODEMOS, a aceitar os resultados eleitorais proclamados pelo Conselho Constitucional no dia 23 de Dezembro.
A possibilidade do presidente do PODEMOS ter sido subornado surgiu devido ao conformismo que este apresentou em relação a estes resultados enquanto já vinha repudiando os mesmos. Na época o partido de Forquilha reivindicava a vitória do seu candidato Venâncio Mondlane na corrida presidencial e reclamava por mais acentos na Assembleia da República.
O Director do CDD espera que com as evidências apresentadas o GCCC faça diligências para reaver o valor, pois se tratando de dinheiro vindo do erário pertencente aos moçambicanos deve ser devolvido para o uso público.
“Este dinheiro deve ser recuperado e devolvido aos cofres do Estado, numa altura em que os funcionários públicos não têm salários e há dinheiro para viciar a luta pela justiça eleitoral que é um bem público maior”, comentou.
Sem avançar as evidências, Nuvunga sugere que se façam investigações nas contas de Albino Forquilha para obter mais elementos que comprovem a denúncia. (Ekibal Seda)