Maleiane falava à margem da cerimónia de tomada de posse dos novos deputados, em Maputo, onde afirmou que a análise financeira do Estado revelou a inexistência de condições para honrar o pagamento do 13.º vencimento.
“O 13.º é pago quando as condições estiverem criadas. Trabalhamos e acertamos as contas, e presentemente não há condições para o pagamento do 13.º salário”, explicou o Governante.
A decisão surge numa altura de acentuada pressão económica no país. Na semana passada, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) havia sugerido ao Governo medidas de austeridade, como o corte do pagamento do 13.º salário e o congelamento das progressões na função pública, para enfrentar a crise financeira.
Recorde-se que, em 2024, o Ministério da Economia e Finanças havia comunicado ao Fundo Humanitário Internacional que, apesar das dificuldades económicas, comprometer-se-ia a pagar o 13.º salário em parcelas. Esta promessa traduziu-se no pagamento de um terço do valor em 2024, com a garantia de que, em 2025, seria pago metade do vencimento.
Contudo, a mais recente declaração de Maleiane vai em contramão com os pronunciamentos do ministério. (INTEGRITY)