São todos extensionistas afectos ao projecto SUSTENTA na província de Inhambane que não vão ao banco, porque não têm salário há três meses.
Estes passaram as festas com bolsos vazios, o que criou alvoroços nas suas famílias por falta de mantimentos durante as festas de natal e fim de ano.
Um grupo de extensionistas esteve a marchar hoje na cidade de Inhambane a exigir o pagamento dos seus ordenados. Marchas, cânticos acompanhados de dísticos marcam a greve deste grupo de trabalho nas comunidades que exige o dinheiro que não é pago desde Setembro.
Mesmo com a falta de salários estes são obrigados a irem ao campo trabalhar e em condições precárias desde as suas motorizadas avariadas até o equipamento de protecção.
“Passamos as festas de ano sem salário, falamos com os nossos superiores sempre dizem que vamos organizar, nos estamos de qualquer maneira” declarou
Os extensionistas dizem ainda que vivem da esmola dos camponeses quando estão no terreno porque não tem dinheiro para comprar mantimentos durante o trabalho.
“Como é que lá vou trabalhar se o próprio camponês foge quando me vê a chegar porque diz que sou comilão na casa dele, viver de massa, um técnico um funcionário, nos que somos maridos somos insultados pelas nossas mulheres, daqui a pouco inicia o ano lectivo, vamos comprar como o material para nossas crianças?”, questiona
Estes ameaçam que se o governo não efectuar os pagamentos não retomar as actividades em todos os distritos da província de Inhambane.
“Nós vivemos de dívidas nas nossas zonas, e as vezes temos que ligar para nossos pais pedir ajuda enquanto que estamos a trabalhar”, disse uma extensionista indignado
Dizem ainda que se o governo não pagar os seus salários regularmente poderão vender o combustível que são dados para abastecer suas motas usando o dinheiro no sustento das famílias.
O Governo de Inhambane promete pagar os ordenados de extensionistas, mas não tem data fixa para tal. (INTEGRITY)