A violência tornou-se o modo de vida em Moçambique, vidas vão sendo perdidas praticamente todos os dias e quase nada é feito para evitar esta situação.
O país precisa de líderes sensíveis que estão preparados para sacrificar vontades pessoais para dar espaço à vontade popular, mas sobretudo preservar vidas.
Desde que o conflito pós-eleitoral começou, parece não haver outra forma de comunicação a não ser a pólvora.
A pólvora é o elemento fundamental na produção de munições ou balas que dão eficiência letal às armas de fogo.
Barril de pólvora é uma situação de eminente explosão, a qualquer momento o país poderá deflagrar, a não ser que já tenha deflagrado e nós sejamos meros sobreviventes dessa catástrofe pós-eleitoral e seus efeitos colaterais.
Um país não precisa de GOVERNANTES voltados mormente aos negócios, o país precisa de liderança, de líderes genuínos, mas infelizmente Moçambique no pós-independência, para além de líderes como Mondlane e Samora, só viu líderes gananciosos.
Há uma busca desenfreada pelo dinheiro, negócios e riqueza desmedida, tudo às custas do sofrimento de um povo.
Um povo que foi negado sedução, saúde, transporte, estrada e a dignidade, é por isso que em tempos de greve e manifestações, a população logo vai e “rebenta” com tudo, embora não sejamos a favor do saque, a verdade é que um povo faminto em norma tende a agir dessa forma.
Quem manda matar afinal?
Os tais de policias a serviço do partido FRELIMO, parece que estão confortáveis com os assassinatos que vem cometendo, é preciso que o governo venha julgar e condenar a estes criminosos que vem cometendo este GENOCÍDIO em plena Luz do Dia.
Fica óbvio que a falta de separação de poderes em Moçambique nos tem prejudicado grandemente. Quem mata, sai impune, porque o comandante geral da polícia, o presidente Nyusi e o partido FRELIMO no geral dão o devido respaldo aos assassinos, por isso ninguém dentre os supracitados condena, tal brutalidade policial.
O barril de pólvora ao rebentar deixa um rastro de destruição bastante severo, desemprego, mortes, fome, miséria e a escalada da violência ou da criminalidade.
É neste diapasão que afirmamos que a era da exploração de homem pelo homem já acabou, a população precisa de uma liderança sensível ao sofrimento do povo.
O tempo das mansões no Dubai para os governantes, dos hotéis, dos aviões privados, dos rubis e outros luxos roubados ao povo já acabou.
Esta é a era de os recursos de Moçambique servirem aos moçambicanos, vamos dar educação às nossas crianças.
O país precisa da criação de empregos, precisa de estradas de hospitais, habitação condigna e salários compatíveis com a necessidade da população.
O país não precisa de políticos assassinos, cúmplices ou mandantes da chacina a que o povo foi submetido.
Infelizmente numa altura de assassinatos com motivação ou respaldo do partido no poder FRELIMO, é quase impossível ver um governante, um ministro, alguém ligado ao partido repudiar estes actos, parece que temem perder regalias; até mesmo Daniel Chapo que alega ter sido legitimamente eleito, assiste o povo que supostamente o elegeu a ser morto em meio a um cenário de terror urbano patrocinado pela polícia,
Olha, impávido! Nada diz, apenas assiste e continua obediente a administração Nyusi, garantindo contas cheias de dinheiro no banco, porque política em Moçambique é justamente isso, negócio e é isso que transforma uma nação, num barril de pólvora
Clemente Carlos
Jornalista e Activista Social
10ª de 15 Cartas
No ofício da verdade