A sua chegada ao Aeroporto Internacional de Maputo foi marcada por tensões e restrições impostas pelas forças de segurança.
Mondlane havia convocado previamente os seus apoiantes e simpatizantes, para se dirigirem ao Aeroporto e darem-lhe as boas-vindas. No entanto, a Polícia da República de Moçambique (PRM) não permitiu a entrada dos populares no local, restringindo o acesso apenas a alguns membros do partido PODEMOS e à imprensa.
Enquanto se dirigia à nação, Venâncio Mondlane destacou que o seu regresso ao País foi uma decisão unilateral, sem qualquer ligação a acordos políticos ou alianças previamente estabelecidas. “Estou aqui por vontade própria e com o único objectivo de desmistificar narrativas que dizem que eu fugi por medo de morrer”, disse Mondlane acrescentando ainda que não está interessado em ocupar cargos públicos ou tornar-se “chefe”, afirmando que o seu compromisso é com o povo e com a democracia.
No entanto, a recepção foi marcada por episódios de violência. Um forte contingente policial foi destacado para os arredores do aeroporto, e relatos confirmam o uso de gás lacrimogêneo e até balas reais contra os apoiantes que tentavam aproximar-se para saudar Mondlane. A situação gerou momentos de pânico e tensão, com várias pessoas a dispersarem em meio ao caos.
Apesar dos acontecimentos, Mondlane manteve um tom conciliador, reforçando a importância do diálogo como ferramenta para a resolução de conflitos e o progresso do país. A sua chegada reacende debates sobre o seu papel político em Moçambique, num contexto marcado por mortes e perseguições a membros do partido PODEMOS. (INTEGRITY)