“…pelo que vimos, em nome dos laços históricos que ligam os nossos dois povos, solicitar que Vossa Excelência se empenhe institucional e pessoalmente na Protecção de Venâncio Mondlane, pois percebemos que estando ele a cabeça do alto movimento que reivindica a verdade eleitoral, uma atitude contra a sua integridade física ou à sua privação de liberdade pode conduzir o país ao caos”, lê-se na carta.
Reunidos na plataforma política Frente Patriótica Unida (FPU), os líderes de alguns partidos da oposição (UNITA, PRA-JA e Bloco Democrático) e a sociedade civil angolana, compreendendo que as guerras civis e as insurgências militares em nada abonam a democracia e o desenvolvimento de Angola assim como de Moçambique, não identificam mecanismo melhor a ser aplicado para garantir a paz senão o diálogo nacional.
Os líderes angolanos em alusão também reconhecem que ao pensar na solução para a crise política que se instalou no país não se deve deixar de fora o candidato presidencial Venâncio Mondlane, visto que este é o líder dos protestos pós-eleitorais. Em contrapartida esperam que o presidente Nyusi tenha a capacidade de garantir Liberdade e segurança à Mondlane.
“…apreciaremos muito se o governo moçambicano convir que Venâncio Mondlane é peça decisiva na procura de uma solução para a crise instalada e for capaz de deixar aos seus apoiantes em Liberdade e segurança, possa contribuir para o esclarecimento da verdade e decidir com os demais parceiros as vias para paz, tranquilidade e progresso de Moçambique com respeito da vontade soberana do Povo”.
Também se apropriaram da ocasião para transmitir uma mensagem de apelo ao governo moçambicano por forma que possa ser mais receptivo às forças internacionais.
“Aproveitamos também a oportunidade para apelar ao governo moçambicano e às forças de Defesa e Segurança a estarem receptivos a todos os estímulos provenientes de todas as forças de África e do mundo, mormente as que têm intervenção económica, militar e de segurança directa em Moçambique”.
Os líderes da frente patriótica unida garantem instar o governo angolano de modo a avançar com políticas que estimulem a paz e estabilidade em Moçambique. (INTEGRITY)