Entre as principais reclamações do grupo estão a falta de transparência na prestação de contas e a ausência de comunicação clara por parte da liderança actual. Segundo os desmobilizados, estas falhas contribuíram para o fraco desempenho do partido nas últimas eleições gerais, agravando ainda mais o descontentamento interno.
Os desmobilizados também afirmam que, caso a justiça não intervenha, poderão retomar a ocupação da sede do partido como forma de intensificar a pressão sobre a liderança.
Este grupo é composto por desmobilizados que já haviam tomado a sede da RENAMO no final do ano passado, exigindo mudanças estruturais na direcção do partido. Desta vez, com o apoio de um deputado, decidiram recorrer aos meios judiciais para tentar retirar os poderes políticos e administrativos de Ossufo Momade.
A insatisfação é ainda maior devido à percepção de que a liderança actual falhou em conduzir o partido de forma eficaz, especialmente num contexto eleitoral que exigia maior coesão e estratégia, com o partido saindo da posição de segundo partido mais votado para o terceiro.
Apesar de ainda não divulgarem todos os detalhes, os desmobilizados prometeram anunciar nos próximos dias um novo plano para pressionar a saída de Ossufo Momade. Este movimento pode intensificar a já delicada situação interna da Renamo, que nesta legislatura vai com deputados reduzidos em relação à anterior.
De referir que os benefícios que antes a RENAMO auferia como o segundo partido mais votado, agora serão exclusivos ao partido PODEMOS e o actual gabinete e regalias de Ossufo Momade passam para Albino Forquilha. (Bendito Nascimento)