Entre os fugitivos estão indivíduos considerados altamente perigosos, condenados por crimes graves como terrorismo, homicídio, roubo e tráfico de drogas.
De acordo com as autoridades, a rebelião começou de forma simultânea nos dois estabelecimentos prisionais e resultou na fuga de 1.436 reclusos do EPPM e 98 do EPEMS. Os fugitivos estavam a cumprir penas que variavam entre 5 e 25 anos de prisão. A ocorrência causou alarme entre a população e colocou as Forças de Defesa e Segurança em alerta máximo.
Em um comunicado emitido pelo SERNAP, estão em curso operações conjuntas entre as Forças de Defesa e Segurança para localizar e recapturar os fugitivos. As acções incluem patrulhas reforçadas, bloqueios em estradas principais e investigações nos bairros periféricos de Maputo e províncias vizinhas.
Até ao momento, 322 reclusos foram detidos novamente, enquanto prossegue a busca pelos restantes. O SERNAP sublinha no comunicado, que os fugitivos representam um perigo significativo para a segurança pública, particularmente aqueles ligados a crimes violentos e acções terroristas.
Também, o SERNAP solicita a colaboração da população no fornecimento de informações que possam ajudar na localização dos fugitivos. Para facilitar este processo, foi disponibilizado o contacto +258 87 676 0079, bem como esquadras policiais e as próprias unidades penitenciárias.
O apelo sublinha que a denúncia de qualquer movimentação suspeita poderá ser fundamental para garantir a segurança da sociedade.
O incidente levantou questões sobre a segurança nas cadeias do país, particularmente no EPEMS, conhecido como BO, e no EPPM.
Impacto na Sociedade
Contudo, há que lembrar que momentos após a evasão, movidos pelo discurso de Bernardino Rafael, Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), a população da cidade e província de Maputo foi mobilizada a fazer patrulhas de madrugada para combater os reclusos que se acredita estarem a protagonizarem assassinatos em diversas residências. (Bendito Nascimento)