Segundo um comunicado, a SADC apelou à cessação imediata das hostilidades e exortou as partes envolvidas a priorizarem o bem-estar dos moçambicanos.
A organização condenou os actos de violência que se intensificaram após o anúncio dos resultados oficiais das eleições, em 23 de Dezembro, e destacou os impactos negativos sobre o comércio transfronteiriço e a circulação de pessoas na região.
“Estamos profundamente preocupados com a perda contínua de vidas, lesões corporais e destruição de bens públicos e privados”, afirmou Samia Suluhu. A declaração ocorre mais dois meses após o início das manifestações, um intervalo que gerou críticas à postura considerada mais partidária da organização.
Os protestos começaram após as eleições gerais de 9 de Outubro, inicialmente consideradas pacíficas pela Missão de Observação Eleitoral da SADC. No entanto, os episódios de violência escalaram, especialmente no período pós-eleitoral, com confrontos entre forças de segurança e manifestantes que contestam os resultados.
Portanto, este órgão reiterou a sua disposição para mediar a situação e facilitar um diálogo pacífico entre as partes. No comunicado, a organização pediu contenção e a abstenção de actos que agravem a violência, sublinhando a importância de resolver as disputas por meio de negociações.
Apesar do apelo, a resposta da SADC nos últimos tempos foi considerada pela esfera pública como hesitante e de defesa partidária, com falta de intervenções anteriores mais firmes alimentando críticas sobre o papel da organização na promoção da estabilidade e da neutralidade na região.
Contudo, o país espera pela última fase das manifestações designadas “ponta de lança” que possivelmente será conhecida nesta quinta-feira. (Bendito Nascimento)