Até 30 de Dezembro, o Campo de Malindza, local destinado à acomodação dos refugiados, registrou oficialmente os 911 requerentes. Antes de 14 de Dezembro, as chegadas eram esporádicas, com um máximo de 23 pessoas por dia. No entanto, o fluxo aumentou drasticamente, atingindo 399 solicitações em um único dia, em 29 de Dezembro.
Em resposta à crise, o governo de ESwatini convocou uma reunião de alto nível em 27 de dezembro para avaliar as necessidades mais urgentes, incluindo condições de abrigo, alimentação, abastecimento de água e instalações sanitárias. Um plano emergencial foi elaborado para enfrentar os desafios apresentados pelo crescente número de refugiados.
De acordo com uma nota oficial do governo do Reino de ESwatini, a coordenação da resposta humanitária está a cargo da Agência Nacional de Gestão de Desastres (NDMA), que lidera a implementação de um plano de monitoramento e apoio aos requerentes de asilo. Este plano inclui o registro e rastreamento dos recém-chegados, bem como a mobilização de recursos para suprir necessidades básicas.
O Primeiro-Ministro também apelou à comunidade internacional e às organizações humanitárias para que contribuam com recursos e assistência. Destacou que são necessários esforços conjuntos para garantir abrigo, alimentação, assistência médica e outros serviços essenciais aos refugiados.
Além disso, Dlamini que é citado pelo Times of Suazilândia, enfatizou a importância do registro de todos os requerentes de asilo junto às autoridades competentes, como o Alto Comissariado de Moçambique e as patrulhas de fronteira. O registro é considerado essencial para garantir a assistência necessária e manter a ordem pública.
Na sua nota, o governo de ESwatini reafirmou seu compromisso com a segurança e a dignidade humana, pedindo a colaboração das comunidades locais para ajudar na gestão da situação. Reuniões semanais continuarão a ser realizadas para monitorar o progresso e ajustar a resposta humanitária, garantindo uma gestão eficaz da crise.
De referir que o Reino de ESwatini, não é o único lugar, onde os moçambicanos se refugiaram, principalmente na fase de manifestações Turbo V8, para procurar abrigo, Malawi e Zimbabwe também, fazem parte a nível da região. (Bendito Nascimento)