Yacub Sibindy, presidente do partido PIMO, propõe um caminho para mitigar a crise e evitar que o país mergulhe em conflitos ainda mais profundos.
A sugestão de um governo inclusivo busca romper com a lógica de vencedores absolutos e derrotados totais. É um modelo que favorece o diálogo, a reconciliação e a partilha do poder, elementos cruciais para a estabilidade nacional.
Sibindy defende uma nova leitura dos Acordos de Lusaka (1974) e de Roma (1992) como base para a refundação do Estado moçambicano. Esses acordos devem, segundo Sibindy, ser vistos não apenas como documentos históricos, mas como alicerces para uma nova era de paz e desenvolvimento.
O líder do Partido Independente de Moçambique, sugere um fórum nacional liderado por académicos para facilitar debates imparciais e orientados ao futuro do país. No seu entender esse Congresso serviria como plataforma para redefinir os objectivos nacionais e garantir que as soluções propostas sejam representativas e sustentáveis.
Para Sibindy, a paz verdadeira não será alcançada apenas pelo desarmamento ou negociações políticas, mas por meio da eliminação da fome, miséria e ignorância. A redistribuição de riqueza e o uso sustentável dos recursos naturais devem ser o foco central de qualquer agenda governamental.
O passado de conflitos e divisões não deve ser esquecido, mas sim reinterpretado como uma lição para evitar erros similares no futuro. A violência e os confrontos desviam o país de objectivos maiores, como justiça social, igualdade e progresso econômico.
“Moçambique enfrenta um momento de decisão que transcende interesses partidários ou pessoais. A refundação do Estado e o estabelecimento de uma nova República, baseada na independência econômica e na coesão social, são imperativos para evitar a repetição de erros históricos e promover um futuro próspero”, sublinhou.
A proposta de Sibindy não apenas ressoa como um apelo à reconciliação nacional, mas também sinaliza uma visão estratégica que transcende interesses partidários. Ao enfatizar a inclusão e o bem-estar social, ele apresenta um caminho que, embora desafiador, é essencial para um Moçambique mais unido e próspero.
Yacub Sibindy, em entrevista concedida no Domingo (22.12), pela reportagem da Integrity Magazine News afirmou estar confiante de que Daniel Chapo e a Frelimo serão proclamados vencedores hoje. No entanto, enfatizou que a vitória será do povo, e não apenas do partido Frelimo. Durante a entrevista, Sibindy teceu duras críticas às manifestações lideradas por Venâncio Mondlane, que têm contestado os resultados eleitorais. Ele destacou a importância de se respeitar os resultados como expressão da vontade popular, mesmo em meio às controvérsias que envolvem o processo eleitoral.
Sibindy também aproveitou a oportunidade para criticar duramente as manifestações lideradas por Venâncio Mondlane, que contestam os resultados eleitorais. Ele enfatizou a necessidade de respeitar os resultados como legítima expressão da vontade popular, apesar das controvérsias que têm surgido em torno do processo eleitoral. (Nando Mabica)