A decisão, com efeitos imediatos, tem como objectivo monitorar o modelo de negócio, a estratégia operacional e o sistema de controlo interno do banco, além de assegurar a participação em reuniões estratégicas dos órgãos colegiais.
A medida insere-se na estratégia do Banco Central de garantir maior vigilância sobre as operações dos bancos comerciais, mesmo garantindo que o Absa Bank Moçambique continua a ser uma instituição sólida e estável, de acordo com o comunicado emitido.
O Absa Bank junta-se agora ao grupo dos três maiores bancos comerciais do país que contam com inspetores residentes nomeados pelo Banco Central. A mesma abordagem foi implementada em 14 de Outubro de 2024, quando inspetores residentes foram designados para o Banco Comercial e de Investimentos (BCI) e para o Standard Bank Moçambique.
O processo de supervisão reforçada teve início em 3 de Maio deste ano, com a nomeação de Hélder Manuel Chachuaio Muianga como inspetor residente no Millennium bim, banco pertencente ao grupo português BCP. Estas medidas mostram o esforço contínuo do Banco de Moçambique para reforçar a vigilância e prevenir possíveis riscos no sector financeiro.
O reforço da supervisão não se limita às maiores instituições. Em 27 de Setembro de 2024, Amélia Josefina Manícua Sirage foi nomeada inspetora residente no Access Bank Moçambique, SA, numa medida semelhante para fortalecer o controlo das operações e promover a estabilidade no sistema financeiro.
A presença de inspectores residentes permite ao Banco de Moçambique monitorar de perto o cumprimento das normas regulamentares, identificar precocemente possíveis irregularidades e assegurar que as instituições financeiras operem de forma segura e eficiente.
Portanto, a justificação da instituição dirigida por Rogério Zandamela é de que esta abordagem tem como prioridade proteger os interesses dos depositantes, manter a confiança no sistema bancário e garantir que as operações financeiras sejam conduzidas de forma ética e responsável. (Bendito Nascimento)