Esquadras de Belo Horizonte, Bagamoyo, Benfica, KM16 e Malhazine em Maputo foram incendiadas por manifestantes. No posto de KM16, armas foram saqueadas e levadas para Boane. O posto de Campoane também foi atacado, e policiais foram forçados a abandonar o local.
Em Marínguè, na província de Sofala, a sede da Frelimo foi incendiada, enquanto uma camioneta da Espiga D’Ouro foi queimada em Tsalala no município da Matola após atropelar um pedestre. Além disso, a portagem da Revimo em Bela Vista na província de Maputo foi vandalizada.
A EN1, principal via de comunicação entre o sul e o norte do país, foi bloqueada em vários pontos, incluindo o cruzamento de Nampevo e Xinavane. Em Maputo, avenidas estratégicas como a FPLM, Milagre Mabote e zonas de Matola Rio ficaram intransitáveis. Manifestantes em Boane tomaram controle de autocarros da Metrobus e da TPM, usando-os para passeatas improvisadas e para abastecimento gratuito.
Em Quelimane, um agente do SISE foi capturado, enquanto em Topuito, na província de Nampula, outro agente do SISE foi morto por manifestantes depois de terem ateado fogo em seu corpo. Em Marínguè, foram reportados tiroteios, com civis baleados.
Trabalhadores da EMACOR bloquearam a EN1 em Chimuara-Mopeia devido ao atraso no pagamento de salários. Em Maputo, manifestantes destruíram um muro na Casa Branca para recuperar um terreno supostamente expropriado pela Frelimo. A Polícia da República de Moçambique confirmou alguns dos incidentes, mas mantém uma postura de contenção, com instruções para evitar o uso de força letal. Contudo, relatos de agressões a manifestantes continuam a surgir.
De referir que Venâncio Mondlane, líder das manifestações, apelou no domingo (08 de Dezembro) para que no dia seguinte (segunda-feira) as manifestações fossem redobradas e intensas do que já eram, afirmando que depois de terminada essa fase (no dia 11 de Dezembro) anunciaram a outra mais forte que esta.
Desde que iniciaram, 21 de Outubro, as manifestações resultaram em mais de 100 mortes e 1.000 feridos, maioritariamente causados pela repressão e brutalidade policial que nos últimos dias tem vindo a reduzir tal brutalidade. (Bendito Nascimento)