O incidente ocorreu por volta das 18h00, resultando na destruição de infraestruturas locais, pilhagem de bens e deslocamento em massa da população para a sede do distrito, localizada a 50 quilómetros.
De acordo com fontes da Força Local, o ataque deixou um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) ferido, enquanto o posto policial e a residência do chefe do posto foram incendiados. Medicamentos foram saqueados do centro de saúde da localidade, agravando a crise humanitária.
Após o ataque a Muaguide, o grupo dirigiu-se para a comunidade de Mariria, onde saqueou duas barracas de bens essenciais e queimou duas casas, sem causar vítimas mortais.
A violência forçou os moradores a abandonarem suas casas, percorrendo longas distâncias a pé em busca de segurança. Este ataque soma-se aos contínuos episódios de insegurança que assolam Cabo Delgado desde 2017, onde grupos associados ao Estado Islâmico têm protagonizado acções violentas, resultando em mais de um milhão de deslocados e uma crise humanitária sem precedentes.
Apesar dos esforços de contenção liderados pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) e pelo apoio de tropas estrangeiras, incluindo forças ruandesas, a insurgência continua a ameaçar a estabilidade da região. A falta de segurança persistente reforça a necessidade de estratégias de longo prazo para proteger as comunidades e restaurar a normalidade na província. (Bendito Nascimento)